Mães nos jogos: personagens que deixaram sua marca

No universo dos games, as figuras maternas muitas vezes desempenham papéis memoráveis - seja como protetoras, guerreiras ou guias em meio ao caos. Neste Dia das Mães, destacamos algumas dessas personagens que conquistaram os jogadores com suas histórias emocionantes e, às vezes, dolorosas.

Toriel – Undertale

Quem poderia esquecer da doce Toriel? Esta mãe adotiva em Undertale personifica a proteção materna em sua forma mais pura. Ela tenta, a todo custo, proteger o protagonista do mundo cruel que existe além das ruínas. O que torna Toriel especial é sua capacidade de, mesmo relutante, deixar a criança partir quando percebe sua determinação. Uma lição que muitas mães reais precisam aprender.

Joyce Price – Life is Strange

Joyce Price é provavelmente uma das representações mais realistas de maternidade nos jogos. Mãe solteira lidando com uma filha rebelde (Chloe), Joyce mostra a complexidade das relações familiares. O que impressiona é como, mesmo nas brigas mais acaloradas, fica claro que tudo o que ela quer é o melhor para a filha. Você já parou para pensar quantas mães reais se veem nessa situação?

Nora – Fallout 4

Fallout 4 inovou ao permitir jogar como a mãe (Nora) em busca do filho desaparecido. Diferente dos protagonistas mudos de jogos anteriores, Nora traz uma carga emocional única - sua dublagem acrescenta camadas de profundidade à sua determinação em encontrar o filho. Curiosamente, muitos jogadores relatam se identificar mais com ela do que com a versão masculina do personagem.

Mia Winters - Resident Evil

A franquia Resident Evil não é exatamente conhecida por retratar relações familiares saudáveis, mas Mia Winters quebra esse padrão. Mesmo após sofrer experimentos horríveis, sua preocupação principal continua sendo o bem-estar da filha, Rose. É interessante notar como os desenvolvedores usaram o pouco tempo de tela da personagem para mostrar o instinto materno em situações extremas.

Naru - Ori

A história de Naru e Ori é uma das mais comoventes já vistas nos jogos. Naru, uma gigante gentil, adota Ori após uma tempestade e chega a passar fome para alimentá-lo. Quando a floresta começa a morrer, seu sacrifício final é um dos momentos mais emocionantes da franquia. Alguém aqui conseguiu passar por essa cena sem se emocionar?

Freya - God Of War

Freya apresenta um lado mais sombrio do amor materno. Seu desejo de proteger o filho Baldur a levou a tomar decisões questionáveis, resultando em uma relação tóxica. A complexidade dessa dinâmica mostra como o excesso de proteção pode ser prejudicial - um alerta que transcende o mundo dos games.

Elena Fisher - Uncharted 4

Elena prova que é possível conciliar maternidade com aventura. No final da franquia Uncharted, vemos brevemente seu lado materno, sem que isso diminua sua personalidade forte e independente. É refrescante ver uma personagem que não precisa abandonar sua essência para ser uma boa mãe.

Yennefer - The Witcher 3

A relação de Yennefer com Ciri desafia os conceitos tradicionais de maternidade. Inicialmente relutante, ela desenvolve um vínculo profundo com a jovem, mostrando que o amor materno não depende necessariamente de laços biológicos. Sua determinação em encontrar Ciri a qualquer custo é um dos motores narrativos do jogo.

Clementine - The Walking Dead

Clementine representa a maternidade forçada pelas circunstâncias. Ainda adolescente, ela assume a responsabilidade por AJ durante o apocalipse zumbi. O que impressiona é como, mesmo sem preparo, ela faz o possível para protegê-lo - muitas vezes melhor do que adultos fariam em sua situação.

Regina – Dino Crisis

Em um cenário dominado por dinossauros, Regina prova que ser mãe não é apenas sobre criar filhos, mas também sobre proteger vidas. Como líder da equipe de resgate, ela assume um papel maternal com seus companheiros, tomando decisões difíceis para mantê-los seguros. Há algo profundamente simbólico em ver uma mulher enfrentando criaturas pré-históricas enquanto demonstra preocupação genuína por seus colegas - quase como se estivesse protegendo sua própria família.

Rosalina – Super Mario Galaxy

Rosalina pode não ser uma mãe no sentido tradicional, mas sua relação com os Lumas é uma das representações mais poéticas de cuidado materno nos jogos. Ela cria essas pequenas estrelas com paciência infinita, contando histórias e guiando seu crescimento. O que muitos não percebem é como sua narrativa paralela sobre perda e renovação reflete as dores e alegrias da maternidade real. Quando foi a última vez que um jogo de plataforma te fez refletir sobre o ciclo da vida?

Sophitia Alexandra – Soulcalibur

A guerreira Sophitia desafia o estereótipo de que mães não podem ser personagens poderosas em jogos de luta. Sua motivação principal é proteger os filhos, mesmo que isso signifique entrar em combates mortais. O interessante é como os desenvolvedores equilibraram sua habilidade marcial com vulnerabilidades emocionais - mostrando que força e maternidade não são conceitos opostos.

Mama – Brothers: A Tale of Two Sons

Embora apareça brevemente, a figura da mãe neste jogo indie deixa uma marca duradoura. Seu estado debilitado é o catalisador para a jornada dos irmãos, e mesmo sem diálogos, sua presença (ou ausência) molda toda a narrativa. É impressionante como um personagem praticamente imóvel consegue transmitir tanto sobre o papel materno como âncora familiar.

Flemeth – Dragon Age

Conhecida como a Bruxa do Brejo, Flemeth apresenta uma maternidade distorcida pelo poder e longevidade. Sua relação complicada com Morrigan questiona até que ponto o controle materno pode se tornar opressão. O que fascina nessa dinâmica é como os jogadores podem interpretá-la de formas diferentes - protetora excessiva ou manipuladora egoísta? A franquia Dragon Age sempre foi especialista em criar nuances assim.

Sarah Kerrigan – StarCraft

A evolução de Kerrigan de humana para Rainha das Lâminas inclui uma transformação surpreendente em sua percepção de maternidade. No auge de seu poder zerg, ela desenvolve um instinto protetor sobre sua espécie que, de certa forma, ecoa o amor materno. É curioso como mesmo uma figura tipicamente vilanesca pode exibir traços tradicionalmente associados à maternidade quando vista por outra perspectiva.

Judy Alvarez – Cyberpunk 2077

Embora não seja mãe no sentido biológico, Judy assume um papel de cuidadora em Night City - especialmente em relação à Evelyn e, posteriormente, à V. Sua jornada mostra como o instinto maternal pode se manifestar em formas não convencionais, como proteção entre amigos em um mundo desumanizado. Em uma cidade onde todos olham apenas para si, sua capacidade de se preocupar profundamente com os outros se destaca.

Ana – Overwatch

A sniper veterana Ana Amari oferece uma perspectiva interessante sobre maternidade e dever. Sua relação tensa com a filha Pharah mostra os desafios de conciliar vida familiar e responsabilidades profissionais - algo que muitas mães reais enfrentam. O que poucos discutem é como seu design de personagem (uma mulher mais velha e com cicatrizes) desafia os padrões juvenis comuns em jogos competitivos.

Com informações do: Game Vicio