Ubisoft planeja lançar Assassin’s Creed Shadows em múltiplas plataformas

Em um movimento que não surpreende totalmente os fãs da série, a Ubisoft confirmou que Assassin’s Creed Shadows não será exclusivo de uma única plataforma. A empresa mencionou que o jogo, inicialmente associado ao sucessor do Nintendo Switch (popularmente chamado de "Switch 2"), também chegará a "outras máquinas".

Embora a Ubisoft não tenha detalhado quais seriam essas plataformas adicionais, a especulação entre os jogadores já começou. Será que veremos o jogo no PlayStation 5, Xbox Series X/S ou até mesmo em PCs? A estratégia de lançamento multiplataforma tem sido comum para a franquia nos últimos anos, então essa decisão faz sentido comercialmente.

O que isso significa para os fãs da série?

Para os entusiastas de Assassin’s Creed, essa notícia traz tanto alívio quanto curiosidade. Afinal, muitos jogadores têm suas preferências de plataforma e ficariam desapontados se o título fosse exclusivo. Por outro lado, a falta de especificidades deixa espaço para perguntas:

  • As versões terão diferenças significativas entre plataformas?

  • O lançamento será simultâneo em todos os sistemas?

  • Como a Ubisoft lidará com as capacidades técnicas variadas de cada console?

Vale lembrar que a franquia Assassin’s Creed tem histórico de adaptar seus jogos às limitações de hardware. Quem não se lembra do impressionante Assassin’s Creed IV: Black Flag no Wii U? A Ubisoft provavelmente buscará otimizar a experiência para cada plataforma, mesmo que isso signifique compromissos gráficos em sistemas menos potentes.

Enquanto aguardamos mais detalhes oficiais, uma coisa é certa: a estratégia de lançamento multiplataforma deve garantir que Assassin’s Creed Shadows alcance o maior público possível. Resta saber como a Ubisoft equilibrará qualidade e acessibilidade em suas diversas versões.

Para mais informações, consulte a reportagem original.

O impacto técnico de um lançamento multiplataforma

Desenvolver para múltiplas plataformas nunca foi tarefa simples, especialmente quando consideramos a disparidade técnica entre o suposto Switch 2 e consoles como PS5 e Xbox Series X. A Ubisoft terá que enfrentar desafios interessantes:

  • Como manter a identidade visual do jogo em hardware com capacidades tão distintas?

  • Será que veremos diferenças significativas na densidade de NPCs ou no tamanho dos ambientes?

  • O ray tracing, presente nos consoles atuais, será sacrificado nas versões menos potentes?

Curiosamente, a franquia já passou por situações semelhantes. Assassin's Creed Unity, lançado em 2014, foi um marco técnico para a época, mas sofreu com problemas de performance - especialmente no PS4 e Xbox One. A lição aprendida foi valiosa: ambição técnica precisa andar de mãos dadas com otimização.

O fator Nintendo Switch 2

A menção inicial ao "Switch 2" desperta particular interesse. Se confirmado, este seria um dos primeiros grandes lançamentos AAA para a sucessora do Switch. Mas o que isso significa na prática?

Rumores sugerem que a nova plataforma da Nintendo pode finalmente adotar arquitetura mais moderna, possivelmente fechando a lacuna técnica com os concorrentes. Se isso se confirmar, o trabalho de adaptação da Ubisoft pode ser menos árduo do que imaginamos. Afinal, desenvolver para três plataformas com specs similares é bem diferente de adaptar para sistemas com anos de diferença tecnológica.

Por outro lado, se o Switch 2 mantiver o foco em portabilidade em detrimento de poder bruto, a equipe de desenvolvimento pode precisar fazer escolhas criativas. Talvez vejamos:

  • Texturas simplificadas em ambientes menos críticos

  • Sistemas de iluminação menos complexos

  • Redução na distância de renderização

Vale lembrar que a Ubisoft tem experiência nesse tipo de adaptação. Assassin's Creed Odyssey chegou ao Switch via streaming no Japão, enquanto Assassin's Creed III Remastered teve uma versão física adaptada. Esses experimentos podem ter fornecido insights valiosos para o desenvolvimento de Shadows.

O cenário competitivo dos exclusivos

Num mercado onde exclusivos temporários se tornaram moeda comum, a decisão da Ubisoft chama atenção. Enquanto outras publishers buscam acordos de exclusividade (mesmo que por períodos limitados), a franquia Assassin's Creed mantém sua tradição de acessibilidade ampla.

Isso levanta questões interessantes sobre estratégia de mercado:

  • A Ubisoft está deixando dinheiro sobre a mesa ao não negociar exclusividade?

  • Ou a franquia é grande o suficiente para se beneficiar mais do alcance multiplataforma?

  • Como isso se compara à abordagem de outras grandes franquias como Call of Duty ou Final Fantasy?

Dados históricos sugerem que a estratégia da Ubisoft tem sido eficaz. Assassin's Creed Valhalla, por exemplo, vendeu mais de 20 milhões de cópias - números que dificilmente seriam alcançados com exclusividade em uma única plataforma. Parece que a empresa aprendeu que, para jogos de mundo aberto massivos como esses, o tamanho do público importa mais do que acordos de exclusividade.

Com informações do: VideoGamesChronicle