Negócio de anime da Sony comparado à era PS1 do PlayStation
A Sony vem fortalecendo consistentemente seu setor de animes, e agora um executivo da empresa fez uma comparação interessante: o estágio atual desse negócio seria equivalente aos primeiros anos do PlayStation original, o lendário PS1.
Essa analogia sugere que a empresa enxerga um enorme potencial de crescimento em sua divisão de animação japonesa. Afinal, quem poderia imaginar nos anos 90 que o PlayStation se tornaria o fenômeno que é hoje?
O que essa comparação significa?
A referência ao PS1 não é casual. O primeiro console da Sony no mercado de games representou:
Uma fase de experimentação e aprendizado
O estabelecimento de bases para um império de entretenimento
Um período antes da explosão mainstream
Se a analogia se mantiver, podemos esperar que a Sony:
Invista pesadamente em produções originais
Adquira mais estúdios e propriedades intelectuais
Explore sinergias com seus outros negócios de entretenimento
Vale lembrar que a Sony já é dona de estúdios como Aniplex e Crunchyroll, além de ter participação em produções como "Demon Slayer" e "Jujutsu Kaisen". Mas pelo visto, eles acreditam que isso é só o começo.
Para saber mais sobre as declarações do executivo, confira a matéria completa no Eurogamer.
Estratégias que a Sony pode adotar no mercado de anime
Olhando para o histórico da Sony com o PlayStation, algumas estratégias prováveis começam a surgir. A empresa tem um padrão reconhecível quando decide dominar um mercado de entretenimento:
Exclusividade de conteúdo: Assim como fez com franquias como God of War e Uncharted, a Sony pode buscar contratos de exclusividade com estúdios de anime ou criadores populares
Aquisições estratégicas: A compra da Crunchyroll pela Sony Pictures em 2021 por US$1.175 bilhões mostra que eles não têm medo de investir pesado
Integração entre plataformas: Imagine assistir um anime no Crunchyroll e ter opções para comprar mercadorias diretamente ou até jogar um game relacionado no PlayStation
O ecossistema de anime da Sony hoje
Atualmente, o portfólio de anime da Sony já é impressionante, mas ainda fragmentado. Através de diferentes subsidiárias, eles controlam:
Aniplex (produção e licenciamento)
Crunchyroll (streaming)
Funimation (dublagem e distribuição)
Sony Music Entertainment Japan (trilhas sonoras)
O desafio será integrar essas peças de forma coesa. Algo que a Sony já fez brilhantemente com seus produtos eletrônicos, serviços de música e consoles de games.
Oportunidades e desafios no mercado global
Enquanto o anime já é mainstream no Japão, o crescimento internacional ainda tem muito potencial. Dados da Statista mostram que o mercado global de anime deve atingir US$36 bilhões até 2025. Mas como a Sony pode capitalizar isso?
Uma possibilidade é através da localização. A demanda por dublagens de qualidade e legendas precisas nunca foi tão alta. Outro caminho seria a produção de animes ocidentais com influência japonesa, seguindo o modelo de sucessos como "Castlevania" da Netflix.
No entanto, existem desafios significativos. A concorrência é feroz, com plataformas como Netflix e Disney+ investindo pesado em anime. Além disso, a indústria enfrenta críticas sobre condições de trabalho nos estúdios e baixos salários - questões que a Sony precisará abordar se quiser se posicionar como líder responsável.
Com informações do: Eurogamer