HDR, VRR, ALLM e além: a evolução das telas para games
Lembra quando a única preocupação era se a TV tinha entrada AV ou se o cabo RF funcionava no canal 3? Pois é, os tempos mudaram - e muito. Para os jogadores que buscam performance competitiva ou imersão total, o hardware de exibição se tornou tão crucial quanto o console ou PC em si.
Mas será que todos entendem como tecnologias como HDR, VRR e ALLM realmente impactam a jogatina? A LG decidiu descomplicar esse universo técnico que pode parecer intimidador à primeira vista.
O que essas siglas significam na prática?
Vamos começar pelo básico:
HDR (High Dynamic Range): Não se trata apenas de cores mais vivas. Essa tecnologia expande a faixa de luminosidade, preservando detalhes tanto nas áreas mais claras quanto nas mais escuras da cena.
VRR (Variable Refresh Rate): Quem nunca reclamou de screen tearing? O VRR sincroniza a taxa de atualização da tela com a saída de frames do console, eliminando esses problemas.
ALLM (Auto Low Latency Mode): Reduz automaticamente o input lag quando detecta que você está jogando - sem precisar ficar mudando modos manualmente.
E essas são apenas as tecnologias mais conhecidas. Fabricantes continuam desenvolvendo novas soluções para tornar cada sessão de jogo mais responsiva e imersiva.
Por que isso importa para diferentes tipos de jogadores?
Um jogador casual pode não notar imediatamente a diferença que essas tecnologias fazem. Mas para quem joga online competitivamente, cada milissegundo conta. E para os que buscam uma experiência cinematográfica em jogos single-player, o HDR pode ser um divisor de águas.
Curiosamente, muitos jogadores investem em hardware poderoso mas negligenciam a qualidade da tela. Será que faz sentido ter um console de última geração ou uma GPU top de linha se a TV ou monitor não consegue exibir todo esse potencial?
O impacto real dessas tecnologias em diferentes gêneros de jogos
O efeito dessas inovações varia bastante dependendo do tipo de jogo que você prefere. Em títulos de tiro em primeira pessoa como Call of Duty ou Valorant, o ALLM e o VRR podem significar a diferença entre acertar ou errar um tiro crucial. Já experimentou a frustração de mirar perfeitamente mas o personagem responder com um atraso perceptível?
Por outro lado, jogos de mundo aberto como Red Dead Redemption 2 ou Horizon Forbidden West se beneficiam imensamente do HDR. As paisagens ganham profundidade, os pores-do-sol ficam mais ricos em tons, e as cavernas escuras realmente parecem... bem, escuras, mas sem perder detalhes nas sombras.
Compatibilidade: nem sempre é tão simples quanto parece
Aqui está um detalhe que muitos ignoram: nem todas as implementações dessas tecnologias são iguais. O HDR10+ da Samsung difere do Dolby Vision, por exemplo. E enquanto o Xbox Series X suporta ambas, o PlayStation 5 atualmente só trabalha com HDR10 e Dolby Vision para conteúdo de streaming.
FreeSync vs G-Sync: Duas abordagens para o VRR, cada uma com seus requisitos específicos de hardware
HDMI 2.1: Necessário para recursos como 4K a 120Hz, mas ainda não universal em todas as TVs "gamers"
Calibração: Muitas TVs vêm com configurações de jogo que na verdade atrapalham mais do que ajudam
E tem mais: você sabia que alguns monitores "gamer" de baixo custo anunciam suporte a HDR, mas na prática oferecem um desempenho tão limitado que mal faz diferença? É como comprar um carro esportivo e colocar pneus de bicicleta.
O futuro: o que vem por aí na evolução das telas para games?
As fabricantes já estão trabalhando nas próximas grandes inovações. O QD-OLED da Samsung combina as cores vibrantes do QLED com os pretos profundos do OLED, enquanto a LG está explorando telas transparentes que poderiam revolucionar a realidade aumentada nos jogos.
E não podemos esquecer do potencial do 8K - embora, francamente, a diferença para o 4K seja muito menos perceptível do que a mudança de HD para 4K foi. Será que os jogadores realmente precisam dessa resolução, ou é mais um caso de especificações impressionantes no papel versus benefícios reais?
Outra fronteira interessante são as taxas de atualização. Enquanto 120Hz já é comum em monitores gamers de elite, algumas marcas já testam 360Hz e até 480Hz. Mas a que ponto nossos olhos realmente percebem a diferença? E os consoles e PCs conseguirão acompanhar essas taxas em jogos AAA?
Com informações do: IGN Brasil
