Problemas de segurança levam à remoção do jogo
O Call of Duty: WW2 havia sido adicionado ao Game Pass em 30 de junho, incluindo para assinantes de PC que poderiam acessar o jogo através da Microsoft Store. Porém, poucos dias depois, essa versão do jogo precisou ser retirada do ar após relatos de jogadores sendo hackeados e recebendo mensagens pop-up em seus computadores.
A situação é particularmente preocupante porque sugere vulnerabilidades que permitiam a execução remota de código (RCE), um dos tipos mais graves de falhas de segurança em jogos. Imagine ligar seu PC para uma partida relaxante e, em vez disso, encontrar mensagens invasivas de hackers?
O que sabemos sobre os ataques
Segundo relatos:
Jogadores recebiam mensagens pop-up inesperadas
Havia indícios de possíveis acessos não autorizados
A Microsoft agiu rapidamente para retirar o jogo da loja
Embora a Activision ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre o caso, a remoção preventiva sugere que a empresa e a Microsoft levaram os relatos a sério. Em minha experiência cobrindo falhas de segurança em jogos, situações como essa são raras, mas quando ocorrem, costumam exigir respostas rápidas das desenvolvedoras.
Para mais detalhes sobre o incidente, você pode consultar a reportagem original no Kotaku.
Impacto nos jogadores e no Game Pass
O timing é particularmente ruim - o jogo havia acabado de chegar ao catálogo do Game Pass, um dos principais atrativos do serviço de assinatura da Microsoft. Agora, os assinantes de PC ficam sem acesso até que a situação seja resolvida.
Vale lembrar que versões do jogo em outras plataformas não parecem ter sido afetadas. Mas isso levanta questões importantes sobre como a Microsoft valida a segurança dos jogos antes de incluí-los no Game Pass. Será que precisamos de processos mais rigorosos?
Histórico de vulnerabilidades em jogos online
Este não é o primeiro caso de vulnerabilidades graves em jogos populares. Em 2020, uma falha similar no GTA Online permitia que hackers assumissem controle de contas de jogadores. E em 2021, o mod multiplayer de Dark Souls sofreu com brechas que levavam à execução remota de código - situação bem parecida com a do Call of Duty: WW2.
O que chama atenção nesse caso específico é que o problema surgiu justamente quando o jogo foi disponibilizado no Game Pass. Isso levanta dúvidas sobre os processos de verificação de segurança da Microsoft. Será que a empresa realiza testes suficientes antes de incluir títulos em seu serviço de assinatura?
Reação da comunidade e próximos passos
Nas redes sociais e fóruns especializados, a comunidade de jogadores está dividida. Alguns defendem a rápida ação da Microsoft em retirar o jogo, enquanto outros questionam por que a vulnerabilidade não foi detectada antes.
Especialistas em segurança recomendam que jogadores que instalaram o jogo verifiquem seus sistemas
Alguns usuários relatam que desinstalar o jogo não remove completamente todos os arquivos potencialmente problemáticos
Ainda não há previsão de quando (ou se) o jogo voltará ao Game Pass para PC
Enquanto isso, jogadores que querem experimentar Call of Duty: WW2 podem optar por versões em outras plataformas, como PlayStation ou Xbox, que aparentemente não foram afetadas pelo problema. Mas para os fãs que contavam com o Game Pass para acessar o título no PC, a espera continua.
O incidente também reacendeu discussões sobre a responsabilidade das empresas com a segurança dos jogadores. Afinal, quando um jogo é oferecido em um serviço oficial como o Game Pass, os usuários têm o direito de esperar que ele seja seguro, não é mesmo?
O lado técnico da vulnerabilidade
Embora detalhes técnicos completos ainda não tenham sido divulgados (o que é compreensível, para evitar mais explorações), especialistas em segurança de jogos especulam que a falha pode estar relacionada a:
Problemas na implementação da rede multiplayer
Falhas em sistemas anticheat que, ironicamente, poderiam criar brechas
Vulnerabilidades em componentes de terceiros usados pelo jogo
Uma coisa é certa: casos como esse mostram como a segurança em jogos online é um desafio constante. Com títulos mais antigos como Call of Duty: WW2 (lançado em 2017), o risco pode ser ainda maior, já que as equipes de desenvolvimento muitas vezes estão focadas em projetos mais recentes.
Com informações do: kotaku