Disney aposta em 'Tron: Ares' como grande atração da SDCC
A Disney escolheu Tron: Ares como seu principal filme para o Hall H do San Diego Comic-Con deste ano, colocando a franquia de volta aos holofotes após mais de uma década desde o último lançamento. Mas a estratégia pode trazer desafios inesperados para o estúdio.
O filme, que continua a saga de mundos digitais e competições futuristas, terá sua primeira grande exibição durante o evento de quadrinhos em julho. No entanto, a escolha de Jared Leto como protagonista pode forçar a Disney a enfrentar perguntas desconfortáveis sobre as recentes acusações de má conduta sexual contra o ator.
O legado da franquia e os novos desafios
A franquia Tron sempre foi um marco visual no cinema de ficção científica, desde seu lançamento original em 1982. O reboot de 2010, Tron: O Legado, trouxe a estética neon e os discos voadores para uma nova geração, embora com recepção mista da crítica.
Com Tron: Ares, a Disney parece estar tentando revitalizar a propriedade intelectual para o streaming e além. Mas será que o público está pronto para aceitar Leto como o novo rosto da franquia? As acusações contra o ator - que ele nega veementemente - criaram uma nuvem de controvérsia que pode ofuscar o marketing do filme.
O que esperar da apresentação na Comic-Con
O Hall H da SDCC é conhecido por apresentações espetaculares e revelações bombásticas. Para Tron: Ares, espera-se:
Primeiras imagens do novo mundo digital criado para o filme
Possível aparição do elenco principal
Detalhes sobre como a história se conecta aos filmes anteriores
Revelação da trilha sonora - um elemento crucial da identidade de Tron
Enquanto isso, fãs e críticos especulam se a Disney abordará diretamente a polêmica envolvendo Leto ou se optará por focar exclusivamente nos elementos do filme. A estratégia do estúdio nesse aspecto pode definir o tom para toda a campanha de marketing.
O impacto da tecnologia atual na nova produção
Diferente dos filmes anteriores, Tron: Ares chega em um momento onde a tecnologia de captura de movimento e CGI atingiram patamares impressionantes. Os diretores Joachim Rønning e Garth Davis prometeram levar a estética digital da franquia a níveis nunca vistos, com sequências de ação que misturam prático e digital de forma quase indistinguível.
Fontes próximas à produção revelam que o filme utilizará uma nova técnica de renderização em tempo real desenvolvida pela Industrial Light & Magic, permitindo que os atores vejam seus personagens digitais enquanto atuam - um avanço significativo em relação ao processo demorado usado em Tron: O Legado.
O elenco além de Jared Leto
Embora Leto domine as discussões, o filme apresenta um elenco diversificado que inclui:
Greta Lee (Past Lives) como uma programadora brilhante
Jodie Turner-Smith (Queen & Slim) no papel de uma guerreira digital
Evan Peters (X-Men) como um misterioso agente
Sarah Desjardins (Yellowjackets) em um papel ainda não revelado
O que chama atenção é a ausência de Jeff Bridges ou Garrett Hedlund, estrelas dos filmes anteriores. Essa decisão criativa sugere que Ares pode ser mais um reinício do que uma continuação direta, apesar do título sugerir conexões com a mitologia estabelecida.
Expectativas de bilheteria e o futuro da franquia
Analistas estão divididos sobre o potencial comercial do projeto. Por um lado, a franquia tem um nicho de fãs dedicados e o visual único pode atrair curiosos. Por outro, o último filme arrecadou apenas US$ 400 milhões mundialmente - número considerado modesto para um blockbuster de verão nos padrões atuais.
O que poucos sabem é que a Disney já desenvolve paralelamente uma série live-action de Tron para o Disney+, o que sugere que o estúdio vê potencial na propriedade intelectual além do cinema. O desempenho de Ares pode acelerar ou atrasar esses planos.
Internamente, rumores indicam que a Disney espera que o filme capture o mesmo sucesso de Top Gun: Maverick - outro retorno tardio de uma franquia dos anos 80 que superou todas as expectativas. Mas será que o público contemporâneo se conecta com Tron da mesma forma que com os filmes de ação mais tradicionais?
A música como personagem
Nenhuma discussão sobre Tron estaria completa sem mencionar sua icônica trilha sonora. Enquanto O Legado contou com os Daft Punk, Ares trouxe um novo peso musical: Hans Zimmer.
O compositor, conhecido por seu trabalho em Duna e Interstellar, prometeu uma abordagem que honra o legado eletrônico da franquia enquanto introduz elementos orquestrais mais tradicionais. Alguns trechos vazaram em convenções de fãs, gerando reações mistas - alguns elogiaram a ousadia, enquanto outros sentiram falta do som distintivo dos robôs franceses.
Com informações do: gizmodo