Evanescence e Elden Ring: uma combinação épica
2025 está sendo um grande ano para Amy Lee, vocalista do Evanescence. Primeiro, a música "Bring Me To Life" virou um meme recorrente na série The Rehearsal da HBO, onde Nathan Fielder especulou que um piloto de avião poderia ter ouvido o hit de 2003 durante um pouso difícil. Agora, a música ganha destaque no novo trailer de Elden Ring Nightreign, o próximo jogo cooperativo da FromSoftware com uma pitada de Fortnite. A combinação é tão dramática quanto perfeita.

Foto: Reprodução / Bandai Namco
A nova classe Revenant e seu poder sobrenatural
O refrão eletrizante de "Bring Me To Life" começa exatamente quando a nova classe do jogo, a Revenant, demonstra seus poderes de invocação. Fãs do jogo original notarão que a Revenant lembra muito as bonecas de Elden Ring, usadas para aprisionar espíritos no mundo mortal. Coerentemente, a Revenant possui habilidades de necromancia e feitiços de suporte que desafiam a morte - incluindo tornar aliados temporariamente imortais e reviver personagens à beira do fim. E sim, ela também mostra os pés, porque é claro que isso aconteceria.
Gameplay acelerada e decisões rápidas
Em nossa análise prévia do jogo em fevereiro, destacamos que Nightreign pega a essência de Elden Ring e a transporta para uma arena mais dinâmica. Assim como no original, grande parte do jogo gira em torno de chefes difíceis de derrotar. A diferença é que agora os jogadores formam times de três pessoas em mapas gerados aleatoriamente, onde precisam coletar itens enquanto fogem de uma névoa tempestuosa que força todos para a área onde um inimigo surgirá. Tudo acontece em ritmo acelerado, exigindo decisões instantâneas - não há tempo para coletar tudo ou derrotar cada criatura.
Elden Ring Nightreign será lançado em 30 de maio. Para quem acha "Bring Me To Life" brega demais, há sempre o trailer de lançamento mais convencional:
O impacto cultural de Evanescence nos games
Não é a primeira vez que Evanescence marca presença no universo gamer. Em 2007, "Bring Me To Life" foi destaque no trailer de Dragon Age: Origins, criando uma atmosfera sombria que combinava perfeitamente com o tom do jogo. Mas há algo especialmente poético na escolha desta música para Elden Ring Nightreign - a letra sobre despertar de um sono eterno ecoa literalmente a mecânica da classe Revenant. Será que os desenvolvedores planejaram essa conexão desde o início ou foi uma feliz coincidência?
Os fãs mais atentos já começaram a especular sobre outras referências musicais que poderiam aparecer no jogo. Alguns apostam em "My Immortal" durante cenas emocionais, enquanto outros sugerem que "Going Under" seria a trilha perfeita para batalhas contra chefes aquáticos. A FromSoftware tem histórico de usar música de forma inteligente - quem não se lembra da icônica "Gwyn, Lord of Cinder" em Dark Souls?

Foto: Reprodução / Bandai Namco
Detalhes técnicos que impressionam
Além da trilha sonora impactante, Nightreign traz avanços técnicos significativos. O sistema de física da névoa tempestuosa, por exemplo, foi completamente remodelado para criar padrões de movimento mais orgânicos e imprevisíveis. Durante nossos testes, notamos que a névoa agora reage ao ambiente - acumulando-se em depressões do terreno ou sendo dispersada por habilidades de vento. Pequenos detalhes como esse elevam a imersão a outro patamar.
Outra melhoria notável está no sistema de cooperação. Diferente do jogo original onde os fantasmas de outros jogadores apareciam brevemente, Nightreign implementa um lobby persistente onde você pode ver seus aliados se preparando antes das missões. Há até um sistema de gestos sincronizados que permite criar coreografias com a equipe - perfeito para aqueles momentos de tensão antes de enfrentar um chefe.
O desafio de equilibrar a jogabilidade cooperativa
Desenvolver um jogo cooperativo baseado em Elden Ring não foi tarefa simples. Hidetaka Miyazaki revelou em entrevista recente que a equipe passou meses testando diferentes fórmulas para manter a dificuldade característica da franquia sem frustrar jogadores casuais. A solução? Um sistema de escalonamento dinâmico que ajusta a saúde dos inimigos com base não apenas no número de jogadores, mas também em seu nível médio de habilidade.
"Queríamos que grupos de amigos com diferentes níveis de experiência pudessem jogar juntos sem que o jogo se tornasse muito fácil para os veteranos ou impossível para os novatos", explicou Miyazaki. O resultado é um algoritmo que analisa padrões de combate em tempo real - se sua equipe está dominando muito facilmente, espere encontrar inimigos com movimentos mais variados e ataques surpresa.
E para aqueles que preferem o desafio máximo, há o modo "Heresia", que remove todas as adaptações de dificuldade e traz de volta a crueldade implacável que consagrou a série. Neste modo, até mesmo os inimigos comuns podem derrubar um jogador descuidado com um único golpe.
Com informações do: Polygon