O futuro do Superman nos cinemas e quadrinhos pode estar prestes a passar por uma revolução histórica. Com o personagem se aproximando do domínio público nos Estados Unidos, surgem questões fundamentais sobre quem poderá usar o icônico herói e quais versões estarão disponíveis para outros estúdios, incluindo a Marvel. Esta situação cria um cenário complexo para a DC Studios e James Gunn, que estão reconstruindo o universo cinematográfico com David Corenswet como o novo Homem de Aço.

O que é domínio público e como afeta o Superman

O domínio público é um conceito legal que permite que obras criativas sejam usadas livremente após expirar seu período de proteção por direitos autorais. Nos Estados Unidos, personagens como Mickey Mouse e Ursinho Pooh já passaram por esse processo. Para o Superman, a data crucial é 2036, quando a versão original do personagem, criada por Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, poderá ser utilizada por qualquer pessoa ou empresa.

É importante destacar que apenas a versão inicial do Superman estaria disponível - um herói que possuía habilidades diferentes das que conhecemos hoje. O Superman de 1938 não voava, mas sim dava "pulos extraordinários" sobre arranha-céus. Além disso, seu visual era distinto, com um símbolo do "S" diferente no peito e características físicas menos desenvolvidas.

As implicações para a DC e o interesse da Marvel

A situação coloca a DC Studios em uma posição delicada. Enquanto James Gunn trabalha na construção do novo DCU com "Superman: Legacy" e planeja uma sequência para 2027, a possibilidade de outros estúdios criarem suas próprias versões do personagem representa um desafio significativo. O canal Ei Nerd revela que já existem movimentações concretas nessa direção.

Rob Liefeld, criador do Deadpool, está desenvolvendo uma história em quadrinhos independente do Superman, aproveitando a futura abertura legal. Mais significativamente, Tom Brevoort, um dos executivos da Marvel, já se manifestou publicamente sobre o assunto, sugerindo que "nunca se sabe" o que pode acontecer quando o personagem entrar em domínio público.

O que realmente mudaria em 2036

Contrariando especulações mais alarmistas, a DC não "perderia" completamente os direitos do Superman. A Warner Bros. e DC Comics manteriam o controle sobre todas as evoluções e atualizações do personagem desenvolvidas após 1938. Isso inclui elementos fundamentais como:

  • A capacidade de voar (introduzida nos anos 40)

  • Visão de calor e super-sopro

  • Versões modernas do traje e símbolo

  • Personagens secundários como Superboy e Supergirl

  • Inimigos como Brainiac e Darkseid

O domínio público afetaria apenas a versão específica de 1938, criando a possibilidade de produções paralelas, mas não substituindo o Superman moderno que os fãs conhecem.

Estratégias possíveis para a DC

Diante deste cenário, a DC Studios tem algumas opções para proteger seu personagem mais icônico. A estratégia mais comum em situações similares é continuar desenvolvendo e modernizando o personagem, tornando as versões protegidas por direitos autorais mais relevantes e populares que a versão original em domínio público.

Outra abordagem seria acelerar a produção de conteúdo com o Superman moderno, consolidando sua presença no imaginário popular antes de 2036. O sucesso do novo DCU e a aceitação do público ao elenco liderado por David Corenswet serão fatores cruciais nessa equação.

O cenário que se desenha é complexo e cheio de nuances legais. Enquanto a possibilidade de ver o Superman interagindo com personagens da Marvel é tentadora para muitos fãs, a realidade é que qualquer produção alternativa teria limitações significativas em relação às características que tornam o personagem tão especial hoje. O verdadeiro desafio para a DC será garantir que sua versão do Homem de Aço continue sendo a mais relevante e emocionante para o público.

Originally published on YouTube by Ei Nerd on Mon Oct 06 2025