O nervosismo de Lee Jung-jae com o desfecho de Round 6

Com a estreia da terceira e última temporada de Round 6 marcada para 27 de junho, o protagonista Lee Jung-jae não esconde sua ansiedade. O ator, que interpreta Gi-hun, confessou estar "muito nervoso" com a possível reação do público ao desfecho da série que se tornou um fenômeno global.

Durante o evento Tudum da Netflix, onde o trailer da nova temporada foi revelado, Jung-jae (falando através de um intérprete) compartilhou suas preocupações com o Hollywood Reporter: "Vamos lançar em breve, estou muito nervoso. Sei que muitos de vocês estão curiosos para saber o que vai acontecer na terceira temporada, mas todos nós estamos mais curiosos para saber o quanto vocês vão gostar. Mal posso esperar, estou muito nervoso".

O que esperar da temporada final?

O trailer já revela que Gi-hun está de volta aos jogos após a rebelião fracassada que encerrou a segunda temporada. As apostas parecem mais altas do que nunca, e a competição promete ser ainda mais mortal. Lee Jung-jae, que em 2022 ganhou um Emmy por sua atuação na série, tem sido o coração da narrativa desde o início.

Mas ele não é o único membro do elenco apreensivo. Lee Byung-hun, que interpreta o enigmático Líder do jogo, também compartilhou suas expectativas: "Estou feliz com o final, mas sei que os fãs, cada um, têm o que querem ver acontecer, então estou realmente curioso para saber como eles vão reagir a isso".

A escrita impecável de Hwang Dong-hyuk

Byung-hun revelou que leu os roteiros da segunda e terceira temporadas de uma só vez e ficou impressionado: "Foi uma leitura tão intrigante e envolvente e eu fiquei novamente impressionado com as habilidades do diretor Hwang [Dong-hyuk]".

Com apenas algumas semanas até a estreia, a pressão é grande. Afinal, Round 6 não é apenas mais uma série - tornou-se um fenômeno cultural que redefine o que o entretenimento coreano pode alcançar globalmente. Será que o final vai satisfazer os milhões de fãs ao redor do mundo?

Os desafios de encerrar um fenômeno global

O sucesso sem precedentes de Round 6 trouxe consigo uma responsabilidade imensa para a equipe criativa. Hwang Dong-hyuk, criador da série, admitiu em entrevista ao Variety que escrever o final foi "o maior desafio da minha carreira". A pressão para entregar um desfecho à altura das expectativas é palpável, especialmente considerando que a primeira temporada acumulou mais de 2,2 bilhões de horas de visualização em seus primeiros 28 dias.

O que muitos fãs não sabem é que o final originalmente planejado para a série foi completamente reformulado após o sucesso explosivo. "Tivemos que repensar tudo", revelou Jung-jae em um podcast coreano. "Quando filmamos a primeira temporada, ninguém imaginava que se tornaria isso. O Hwang-ssi (diretor Hwang) queria garantir que o final respeitasse a jornada dos personagens e também o investimento emocional dos fãs".

Novos personagens e reviravoltas inesperadas

Fontes próximas à produção revelaram que a temporada final introduzirá pelo menos três novos competidores que prometem abalar o equilíbrio dos jogos. Um deles, interpretado pelo ator Yoo Teo (de Past Lives), já está sendo apontado como um dos destaques. "Seu personagem tem uma dinâmica fascinante com o Gi-hun que vai surpreender todo mundo", adiantou uma fonte não autorizada a falar com a imprensa.

Além disso, rumores sugerem que veremos mais do passado do Líder do jogo (Lee Byung-hun), explorando os eventos que o levaram a criar essa competição mortal. Será que descobriremos conexões inesperadas entre os personagens? O trailer já deixou pistas sobre flashbacks que podem recontextualizar toda a narrativa.

A evolução técnica da série

Se nas primeiras temporadas o orçamento por episódio girava em torno de US$ 2,4 milhões, relatórios indicam que para os episódios finais esse valor quase triplicou. Isso se reflete nas cenas de ação cada vez mais elaboradas e nos cenários impressionantes. "Desta vez construímos um jogo completamente novo que nunca havíamos mostrado antes", revelou o designer de produção Chae Kyoung-sun em entrevista à The Korea Times.

Os fãs mais atentos já notaram no trailer que a paleta de cores, antes dominada por tons pastéis, ganhou nuances mais escuras e sombrias. "É uma escolha visual intencional", explicou a diretora de fotografia Kim Ji-yong. "Queríamos que a estética acompanhasse a intensificação dramática da narrativa. Os jogos continuam coloridos, mas há uma escuridão subjacente que permeia tudo agora".

O legado de Round 6 além da tela

Enquanto aguardamos o desfecho, já é possível medir o impacto cultural da série. Dados da Netflix mostram que após o lançamento da segunda temporada, pesquisas por "como jogar games tradicionais coreanos" aumentaram 740% globalmente. Na Coreia do Sul, parques temáticos temporários inspirados na série atraíram mais de 2 milhões de visitantes no último ano.

O fenômeno também revitalizou discussões sobre desigualdade social em diversos países. "Recebemos mensagens de professores usando a série para debater economia em salas de aula", contou Hwang Dong-hyuk em um painel na Busan International Film Festival. "Nunca imaginei que uma história sobre jogos mortais se tornaria um ponto de partida para tantas conversas importantes".

Com informações do: O Vício