O dilema da memória VRAM em 2025

Em um cenário onde os jogos mais exigentes já pressionam placas com 12 GB de VRAM, a indústria busca soluções para o futuro. Enquanto rumores apontam para uma RTX 5070 Super com 18 GB, a Nvidia surpreende com uma opção radical: a RTX Pro 6000 Workstation Edition, equipada com impressionantes 96 GB de memória GDDR7.

Esta não é uma placa comum. Baseada no mesmo chip GB202 que equipa a RTX 5090 (a top de linha para jogos), a versão Pro traz:

  • 24.064 núcleos CUDA (vs 21.760 da 5090)

  • Clock de boost de até 2.600 MHz

  • Interface de memória de 384-bit

  • Consumo TDP de 600W

Preço proibitivo e limitações práticas

Apesar das especificações impressionantes, há obstáculos significativos:

  • Preço sugerido de US$ 8.565 - quase quatro vezes o valor da RTX 5090

  • Drivers otimizados para workstation, não para jogos

  • Clock base 400 MHz menor que a versão gaming

  • Desempenho em jogos pode ser inferior ao da 5090

Especialistas questionam se o investimento vale a pena, considerando que:

  • Placas futuras (RTX 6000/7000) podem oferecer melhor custo-benefício

  • Poucos jogos atuais exigem mais que 24GB de VRAM

  • Aplicativos profissionais são o foco principal deste modelo

O mercado de GPUs em evolução

Enquanto isso, os rumores sobre a RTX 5070 Super com 18 GB ganham força. A nova geração de memórias GDDR7 com chips de 3GB permite configurações incomuns:

  • 18GB em barramento de 192-bit (RTX 5070 Super)

  • 24GB em barramento de 256-bit (RTX 5090 mobile)

Esta flexibilidade ajuda a Nvidia a reposicionar seu lineup, especialmente após o lançamento da RTX 5060 Ti com opção de 16GB - curiosamente mais barata que a RTX 5070 com 12GB.

Conclusão: para quem faz sentido?

A RTX Pro 6000 com 96GB é uma solução extrema para casos muito específicos:

  • Estúdios de renderização 3D e IA

  • Desenvolvimento de modelos complexos de machine learning

  • Workstations profissionais que exigem máxima capacidade de VRAM

Para jogadores, mesmo os mais entusiastas, a relação custo-benefício é questionável. A evolução das GPUs consumer e o surgimento de tecnologias como a compressão de texturas podem tornar soluções tão extremas desnecessárias para a maioria dos usuários.