Ori e a Vontade dos Wisps: O que esperar da sequência

Depois do sucesso de Ori and the Blind Forest, a Moon Studios está prestes a lançar a tão aguardada sequência, Ori and the Will of the Wisps. Com base nas primeiras duas horas de gameplay, já é possível identificar várias novidades, desde mecânicas de plataforma aprimoradas até um mundo mais expansivo e cheio de segredos.

O jogo mantém a essência do original, com sua arte deslumbrante e trilha sonora emocionante, mas introduz elementos que prometem aprofundar a experiência. Novas habilidades, inimigos mais desafiadores e um sistema de progressão mais robusto são apenas algumas das adições.

Novidades e possíveis desafios

Uma das maiores mudanças em Will of the Wisps é a expansão do combate. Diferente do primeiro jogo, que focava mais em fuga e esquiva, a sequência traz um sistema de ataques mais diversificado, incluindo armas e habilidades especiais. Isso adiciona uma camada estratégica, mas será que o jogo consegue equilibrar isso sem perder a magia do original?

  • Mundo mais aberto: Com áreas interconectadas e missões secundárias, o jogo parece inspirar-se em metroidvanias clássicas.

  • NPCs e diálogos: Desta vez, Ori não está sozinho. Personagens secundários trazem mais narrativa e contexto ao mundo.

  • Customização de habilidades: Um sistema de upgrades permite adaptar o estilo de jogo ao gosto do jogador.

No entanto, nem tudo são flores. Alguns podem achar que o aumento na complexidade pode afastar fãs do primeiro jogo, que apreciavam sua simplicidade elegante. Além disso, a performance em algumas plataformas ainda precisa de ajustes.

Vale a pena esperar por essa aventura?

Se você é fã de plataformas com narrativa emocional e arte única, Ori and the Will of the Wisps parece ser uma aposta segura. A Moon Studios demonstra ambição em expandir a fórmula, mas será que consegue manter a mesma qualidade do original? Com o lançamento se aproximando, resta esperar para ver se todas as promessas serão cumpridas.

Explorando os novos ambientes e mecânicas

Uma das primeiras coisas que saltam aos olhos em Will of the Wisps é a diversidade de ambientes. Enquanto o primeiro jogo se passava principalmente em florestas e cavernas, a sequência apresenta biomas completamente novos, como desertos de areia movediça e pântanos luminosos. Cada área não só tem uma identidade visual única, mas também introduz mecânicas específicas que desafiam o jogador de formas diferentes.

Por exemplo, em uma das novas regiões, o vento forte pode tanto ajudar Ori a alcançar plataformas distantes quanto empurrá-lo para abismos se não for calculado corretamente. Esses elementos ambientais interativos adicionam camadas de complexidade que mantêm o gameplay fresco mesmo após horas de exploração.

O sistema de espíritos e suas implicações

O título "Will of the Wisps" não é apenas poético - os wisps (chamas sagradas) desempenham um papel central na jogabilidade. Diferente dos orbes de luz do primeiro jogo, esses seres espirituais agora oferecem habilidades temporárias quando coletados, criando situações onde o jogador precisa decidir entre usá-los imediatamente ou guardá-los para desafios mais difíceis.

  • Combinações estratégicas: Alguns wisps podem ser combinados para efeitos inesperados, como criar plataformas de luz ou congelar inimigos.

  • Riscos e recompensas: Usar muitos wisps de uma vez pode deixar Ori vulnerável, adicionando tensão às escolhas do jogador.

  • Descoberta orgânica: O jogo não explica explicitamente todas as interações, incentivando a experimentação.

Esse sistema lembra um pouco os jogos da série Zelda, onde itens podem ter usos criativos além do óbvio. No entanto, em Will of the Wisps, há uma ênfase maior na natureza efêmera desses poderes, o que pode frustrar jogadores acostumados com progressão permanente.

O equilíbrio entre narrativa e gameplay

Enquanto Blind Forest contava sua história principalmente através de sequências cinematográficas, a sequência parece estar experimentando com narrativa ambiental e diálogos. Os novos NPCs - criaturas como um ouriço ferreiro e uma coruja anciã - oferecem missões secundárias que aprofundam a lore do mundo sem interromper o fluxo do jogo.

Curiosamente, alguns desses personagens parecem ter agendas próprias, levantando questões sobre quem realmente são os "vilões" nesta história. Será que a Moon Studios está preparando reviravoltas narrativas tão impactantes quanto aquela cena memorável do primeiro jogo? A introdução de escolhas morais sutis - como ajudar ou ignorar certos personagens - sugere que a experiência pode variar significativamente entre diferentes jogadores.

Outro aspecto notável é como a trilha sonora se integra à jogabilidade. Em certas sequências, os instrumentos musicais respondem às ações do jogador, criando uma experiência quase sinestésica. Essa atenção aos detalhes sensoriais pode ser o diferencial que eleva Will of the Wisps de uma boa sequência para uma obra memorável.

Com informações do: IGN Brasil