Onimusha: Way of the Sword mantém identidade clássica

A franquia Onimusha nasceu em uma era muito diferente dos jogos, décadas antes dos títulos mundo aberto e souls-like se tornarem moda. No próximo ano, a Capcom revisitara a série com Onimusha: Way of the Sword, e o diretor do jogo, Satoru Nihei, quer que os fãs saibam que ele e sua equipe não estão aderindo a essas tendências modernas.

"Onimusha: Way of The Sword não é um jogo de mundo aberto, e certamente também não é um jogo punitivo do tipo morra-e-tente-novamente (souls-like)", disse Nihei à Automaton. "Embora não haja dúvida de que jogadores experientes em ação poderão aproveitá-lo, nosso objetivo era criar um jogo que também fosse divertido para quem não considera jogos de ação seu forte. Em Way of The Sword, nosso foco principal foi expressar o choque de lâminas através da ação."

Novos elementos mantendo a essência

Nihei explicou ainda que Way of the Sword está incorporando novas mecânicas para tornar os combates com espadas mais realistas. O sistema de deflexão permite que os jogadores esgotem a resistência dos chefes, o que eventualmente permitirá aos personagens desencadear um ataque Break Issen e destruir parte do chefe. O diretor também confirmou que a habilidade de absorção de almas será mantida no novo jogo.

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O retorno às origens com inovações cuidadosas

Nihei revelou que a equipe estudou profundamente os jogos anteriores da série para entender o que fazia de Onimusha algo especial. "Analisamos cada frame de animação dos combates originais," ele compartilhou. "Queríamos capturar aquela sensação tátil de quando uma espada acerta o inimigo, mas com a tecnologia atual." Essa atenção aos detalhes se reflete no novo sistema de física de lâminas, onde o ângulo de ataque afeta diretamente o dano causado.

Curiosamente, o diretor mencionou que algumas mecânicas consideradas "ultrapassadas" por outros estúdios foram mantidas de propósito. O sistema de câmera fixa em certas áreas, por exemplo, foi preservado para criar aquela atmosfera cinematográfica que marcou os primeiros jogos. "É uma escolha intencional," Nihei explicou. "Quando você entra em uma sala e a câmera se reposiciona para mostrar melhor a arquitetura do ambiente, isso cria tensão e antecipação."

Desafio acessível, mas com profundidade

Apesar de não ser um souls-like, Way of the Sword não será fácil demais. Nihei descreveu um sistema de dificuldade dinâmica que se adapta ao desempenho do jogador. "Se você morrer várias vezes no mesmo chefe, o jogo pode oferecer dicas contextuais ou até ajustar levemente os parâmetros," ele revelou. "Mas para os puristas, sempre haverá a opção de desativar esses assistentes."

Os fãs da série notarão que os tradicionais puzzles também retornam, embora com uma abordagem mais integrada à narrativa. "Em vez de simplesmente bloquear portas com enigmas aleatórios," Nihei detalhou, "os puzzles agora estão organicamente conectados à história e ao desenvolvimento dos personagens." Um exemplo dado foi um mecanismo de templo que requer conhecimento sobre a mitologia japonesa apresentada anteriormente no jogo.

Quando questionado sobre a duração da campanha principal, o diretor foi evasivo, mas sugeriu que os jogadores que explorarem tudo podem esperar uma experiência substancial. "Há segredos escondidos que só serão revelados em novas jogatinas," ele insinuou, "e alguns deles podem mudar significativamente a compreensão da história."

Com informações do: Game Spot