O que achou do final da segunda temporada de 'The Last of Us'?
A segunda temporada da adaptação da HBO do jogo da PlayStation chegou ao fim - como você se sente sobre isso?
E começa a longa espera pela terceira temporada. No domingo, a HBO exibiu o final da segunda temporada de The Last of Us, e foi intenso. Muito para digerir para quem está assistindo à série sem conhecer o jogo, e provavelmente ainda mais para os fãs da franquia original.
O que aconteceu no final?
A segunda temporada de The Last of Us terminou de forma semelhante ao ponto médio (mais ou menos) de The Last of Us Part II. Depois de encontrar e matar mais dois amigos de Abby - Mel e Owen - a jornada de Ellie em Seattle parece estar chegando ao fim. Especialmente porque Mel estava grávida. Isso não era a intenção de Ellie. Então ela, Tommy, Dina e Jesse se reúnem e decidem que é hora de voltar para Jackson, mesmo com Abby ainda solta.
É quando Abby aparece. Ela mata Jesse e ameaça matar os outros. É um momento tenso que não vemos o desfecho, pois a cena corta para preto e volta dois dias no passado. Abby acorda em uma grande base da WLF, e sabemos que na próxima temporada veremos o que ela estava fazendo todo esse tempo.
As reflexões dos criadores
Em uma coletiva de imprensa na semana passada, o showrunner Craig Mazin falou sobre como espera que o público se sinta com o final da segunda temporada:
"O que eu quero que o público sinta tematicamente no final da temporada é que [os personagens] não estão mais onde estavam, mas ainda não chegaram onde vão parar", disse Mazin. "Que sempre houve uma história que estamos contando sobre o bem e o mal do amor, mas às vezes trocamos qual lado é bom e qual é ruim. Porque às vezes precisamos que alguém puna outra pessoa por nós. Às vezes precisamos de proteção. Às vezes a violência é necessária para salvar inocentes. São momentos difíceis. Mas claro, há momentos que exigem sacrifício. Colocar os outros em primeiro lugar. Onde a criação faz mais que a destruição."
Neil Druckmann acrescentou:
"A questão que estamos explorando nesta história é: quando você comete coisas tão horríveis, dependendo das circunstâncias, você pode voltar atrás? Vemos na cena da varanda que Joel está tentando se redimir pelo que fez, mesmo sem se arrepender. Agora temos essas duas personagens em espiral descendente, tentando fazer justiça por quem amam, e veremos até onde isso vai."
Você concorda com Mazin e Druckmann? O que achou do final da temporada? Deixe seus comentários abaixo e fique atento para nossa análise completa do episódio.
As reações dos fãs e as expectativas
Desde que o episódio final foi ao ar, as redes sociais explodiram com teorias e reações mistas. Alguns fãs ficaram chocados com a violência gráfica da cena final, enquanto outros elogiaram a coragem da série em não poupar os personagens principais. "Não esperava que Jesse morresse assim", comentou um usuário no Reddit. "Foi um golpe baixo, mas faz sentido para a narrativa."
Outro ponto de discussão foi a decisão de cortar para o flashback de Abby no momento mais tenso. Alguns espectadores acharam frustrante, enquanto outros viram como um movimento narrativo inteligente para manter o suspense. "É exatamente o tipo de coisa que o jogo faria", observou um fã no Twitter. "Aquela sensação de 'espera, o que está acontecendo?' é muito característica da franquia."
O que esperar da terceira temporada?
Embora a HBO ainda não tenha confirmado oficialmente uma terceira temporada, todos os indícios apontam para sua inevitabilidade. A estrutura narrativa do jogo The Last of Us Part II sugere que a próxima temporada provavelmente seguirá o padrão de alternar entre as perspectivas de Ellie e Abby, mostrando os eventos de Seattle pelo outro lado.
Uma das grandes questões é como a série abordará a passagem de tempo. No jogo, há uma elipse significativa entre certos eventos, mas a série pode optar por um ritmo diferente. "Estamos considerando todas as possibilidades", disse Mazin em entrevista recente. "Às vezes o que funciona em um meio não se traduz perfeitamente para outro."
Outro aspecto que os fãs estão especulando é como a série lidará com algumas das cenas mais controversas do jogo, particularmente aquelas envolvendo Abby. A primeira temporada já demonstrou que os criadores não têm medo de desviar do material original quando necessário, adicionando novas cenas ou expandindo personagens secundários.
As performances que roubaram a cena
Bella Ramsey e Pedro Pascal continuam a impressionar como Ellie e Joel, mas foi a introdução de Abby nesta temporada que realmente chamou atenção. A atriz escolhida para o papel trouxe uma intensidade física e emocional que deixou muitos espectadores divididos - exatamente como pretendido. "Queríamos que o público sentisse essa ambivalência", explicou Druckmann. "Você odeia ela, mas também consegue entender sua motivação."
Os atores que interpretam os novos personagens - Jesse, Dina e os membros da WLF - também receberam elogios por trazerem vida a personagens que, no jogo, tinham menos desenvolvimento. Particularmente notável foi a química entre Ellie e Dina, que muitos fãs acharam mais convincente do que na versão original.
"O que mais me surpreendeu foi como conseguiram manter a essência do jogo enquanto faziam mudanças significativas", comentou um crítico de televisão. "É raro ver uma adaptação que respeita tanto o material fonte enquanto se permite ser seu próprio meio."
Os temas que continuam a ressoar
Assim como na primeira temporada, The Last of Us continua explorando temas profundos sobre humanidade, sobrevivência e os limites da moralidade. A segunda temporada elevou essas questões a novos patamares, forçando os espectadores a confrontar suas próprias noções de justiça e vingança.
Um dos aspectos mais interessantes é como a série lida com a ideia de perspectiva. "Você passa metade do tempo torcendo por Ellie, mas quando vê as coisas pelo ponto de vista de Abby, tudo fica mais complicado", observou um espectador. "É desconfortável, mas também brilhante."
Os criadores claramente estão jogando com a ideia de que não há heróis ou vilões absolutos nesta história - apenas pessoas traumatizadas fazendo escolhas em um mundo que já perdeu qualquer senso de normalidade. Essa ambiguidade moral é o que torna a série tão fascinante e, ao mesmo tempo, tão perturbadora para muitos espectadores.
Com informações do: gizmodo