Um metroidvania que superou expectativas

Enquanto muitos esperavam que Resident Evil fosse o grande destaque do Summer Game Fest, um jogo inesperado chamou a atenção: um metroidvania vibrante e cheio de personalidade da desenvolvedora Douze Dixièmes: MIO: Memories in Orbit.

O que começou como uma aposta discreta se transformou em uma das revelações mais interessantes do evento. Com uma estética visual marcante e uma trilha sonora poderosa, o jogo conseguiu o que poucos alcançaram - surpreender até os espectadores mais céticos.

O poder da originalidade

Em um mercado saturado de remakes e sequências, a originalidade deste metroidvania se destaca. A desenvolvedora francesa parece ter encontrado o equilíbrio perfeito entre:

  • Gameplay clássico do gênero

  • Elementos visuais inovadores

  • Design de som impressionante

E o que mais impressiona? Como um estúdio relativamente desconhecido conseguiu criar algo que parece ter mais alma e identidade do que muitos títulos AAA apresentados no evento.

Por que esse jogo merece atenção

Além da óbvia qualidade técnica, há algo genuinamente cativante na abordagem de MIO: Memories in Orbit. Eles não estão apenas seguindo fórmulas estabelecidas - estão experimentando com cores, formas e mecânicas de uma forma que lembra os grandes clássicos do gênero, mas com uma sensibilidade contemporânea.

Crédito: Douze Dixièmes

Será que estamos testemunhando o surgimento de um novo clássico do metroidvania? Ainda é cedo para dizer, mas a primeira impressão sugere que sim. O jogo parece ter capturado aquela magia indescritível que fez títulos como Hollow Knight e Ori se destacarem em seus lançamentos.

Detalhes que fazem a diferença

O que realmente impressiona em MIO: Memories in Orbit são os pequenos detalhes que mostram o cuidado dos desenvolvedores. A animação dos personagens tem uma fluidez rara em jogos independentes, e os efeitos de iluminação criam atmosferas que mudam completamente a sensação de cada área.

Durante a demonstração no Summer Game Fest, um momento em particular chamou atenção: quando o personagem principal atravessa uma cortina de chuva, as gotas se acumulam temporariamente em sua capa antes de escorrerem. São esses toques sutis que transformam um bom jogo em uma experiência memorável.

Inovações no gênero metroidvania

Enquanto mantém as bases do gênero, o jogo introduz algumas mecânicas interessantes:

  • Um sistema de progressão não-linear que permite múltiplos caminhos desde o início

  • Habilidades que interagem com o ambiente de formas inesperadas

  • Inimigos com padrões de ataque que exigem mais do que simples memorização

O que me surpreendeu foi como essas inovações não parecem forçadas - elas se integram naturalmente à experiência, mantendo a essência do que faz os metroidvanias serem tão cativantes.

Comparações inevitáveis (e positivas)

É impossível não comparar este jogo com outros títulos do gênero, mas as semelhanças parecem mais como homenagens do que cópias. A paleta de cores vibrantes lembra Ori and the Blind Forest, enquanto a densidade atmosférica traz à mente Blasphemous.

Mas há algo único aqui - talvez seja a maneira como a narrativa ambiental conta a história, ou como a trilha sonora complementa perfeitamente cada momento. Depois de assistir à demonstração, fiquei com a sensação de que este poderia ser o jogo que preenche a lacuna deixada por Hollow Knight desde seu lançamento.

O desafio de inovar em um gênero estabelecido

Criar um metroidvania em 2024 não é tarefa fácil. Os fãs do gênero são exigentes e já experimentaram algumas das melhores obras dos últimos anos. Ainda assim, a Douze Dixièmes parece ter entendido que inovar não significa necessariamente reinventar a roda.

Em vez de introduzir mecânicas revolucionárias, eles refinam elementos conhecidos com uma abordagem fresca. O sistema de combate, por exemplo, mantém a simplicidade característica do gênero, mas adiciona camadas de profundidade através de combos fluidos e timing preciso.

E a exploração? Bem, os desenvolvedores prometem segredos tão bem escondidos que até os jogadores mais atentos podem passar horas sem descobrir todos os cantos do mapa. Será que conseguirão entregar essa promessa? Os primeiros indícios sugerem que sim.

Com informações do: VidaExtra