Uma nova forma de jogar videogames
Enquanto a maioria dos jogadores usa controles tradicionais para enfrentar os desafios de Elden Ring, PerriKaryal decidiu trilhar um caminho completamente diferente. Ela conseguiu derrotar alguns dos chefes mais difíceis do jogo usando apenas... sua mente. Sim, você leu certo - telecinese aplicada aos games.
Como funciona a técnica inusitada
A jogadora desenvolveu um método peculiar que envolve pensar em um grilo pulando enquanto contrai músculos específicos do ouvido interno. Parece ficção científica, mas os resultados falam por si. "É pura prática e força de vontade", explica PerriKaryal sobre sua abordagem incomum.

Image credit: FromSoftware, Bandai Namco, Twitch, PerriKaryal
O que começou como um experimento curioso transformou-se em uma forma alternativa de interação com jogos. A técnica, embora exija treinamento intensivo, demonstra como nossa conexão com os games pode ir muito além dos controles tradicionais.
Próximos desafios
Depois do sucesso em Elden Ring, a jogadora já mira seu próximo objetivo: Nightreign. Será que o método mental funcionará tão bem em outro título? A comunidade de games aguarda ansiosamente para ver até onde essa abordagem inovadora pode chegar.
Enquanto isso, muitos se perguntam: será que estamos diante do futuro dos controles de videogame? Ou essa permanecerá uma curiosidade isolada? Uma coisa é certa - PerriKaryal provou que os limites entre mente e máquina podem ser mais fluidos do que imaginamos.
Os desafios técnicos por trás da telecinese nos games
Implementar controles mentais em jogos não é tão simples quanto parece. PerriKaryal precisou adaptar equipamentos de EEG (eletroencefalografia) normalmente usados em pesquisas médicas, combinando-os com sensores musculares para captar os movimentos sutis do ouvido interno. "A latência era nosso maior inimigo no início", revela. "Qualquer atraso acima de 200 milissegundos tornava a experiência impraticável."
O setup atual inclui um headset modificado e algoritmos personalizados que interpretam os padrões neurais específicos associados à imagem mental do grilo. Curiosamente, a jogadora descobriu que diferentes tipos de saltos imaginados correspondem a comandos distintos no jogo - um detalhe que levou meses para ser refinado.
Reação da comunidade científica
Neurocientistas têm se mostrado intrigados com as descobertas acidentais desse experimento. Dr. Emiliano Vasquez, pesquisador em interfaces cérebro-computador da Universidade de São Paulo, comenta: "O caso demonstra plasticidade neural de forma prática. Estamos estudando como o cérebro dela se adaptou para criar essa associação inusitada entre imagens mentais e comandos motores sutis."
Enquanto isso, fóruns de discussão sobre acessibilidade em games explodiram com debates. Muitos defendem que técnicas como essa poderiam revolucionar a forma como pessoas com limitações motoras interagem com jogos eletrônicos. Outros, porém, questionam se o método seria replicável para a maioria dos jogadores.
O treinamento intensivo
PerriKaryal descreve sua rotina de preparação como "parte meditação, parte malhação cerebral". São 3 horas diárias de exercícios específicos, divididos em:
Visualização mental aprimorada (40 minutos)
Controle muscular fino do ouvido interno (1 hora)
Integração dos movimentos com os comandos do jogo (1 hora 20 minutos)
"No começo, eu só conseguia fazer meu personagem andar em círculos por horas", brinca. "Mas persistência é chave. Cada pequeno avanço me motivava a continuar."
Possíveis aplicações além dos games
Engenheiros de realidade virtual já demonstraram interesse em adaptar a técnica para outros contextos. Imagine controlar dispositivos smart home apenas pensando em padrões específicos ou navegar por interfaces digitais com micromovimentos quase imperceptíveis. As implicações vão muito além do entretenimento.
Uma startup de tecnologia assistiva em Recife anunciou que está desenvolvendo um protótipo baseado no método de PerriKaryal, voltado para pacientes com esclerose lateral amiotrófica. "Se conseguirmos reduzir a curva de aprendizado, isso pode mudar vidas", afirma o CEO da empresa.
Com informações do: PC Gamer