O pacote quase completo de assassinatos

O Hitman: World of Assassination - Signature Edition chegou ao mais novo console da Nintendo trazendo o icônico Agente 47 e seu repertório criativo de disfarces e assassinatos. Esta edição inclui as campanhas completas de Hitman (2016), Hitman 2 (2018) e Hitman 3 (2021), além de diversos modos como Contratos, Escalation, Alvos Elusivos, o excelente modo Freelancer, Sniper Assassin e todo o conteúdo dos pacotes de expansão de Hitman 2 e 3.

Coleção de Hitman no Switch 2

Conteúdo faltante e DLCs questionáveis

Porém, nem tudo está incluso. Três contratos de Alvos Elusivos (Replication, The Base e The Oroborous) e as missões bônus Sarajevo Six ficaram de fora, sendo vendidos separadamente por US$ 5 cada na eShop. O mais frustrante? Esses conteúdos já foram lançados como atualizações gratuitas anos atrás em outras plataformas. O Sarajevo Six, exclusivo do PS4 na época do Hitman 2, também poderia ter sido incluído nesta edição que já custa US$ 60.

É verdade que o pacote ainda oferece dezenas de horas de gameplay, mas a decisão de cobrar por conteúdos antigos e previamente gratuitos deixa um gosto amargo. Será que separar os cosméticos (que justificam o preço) do conteúdo jogável não seria uma solução mais justa?

Hitman 3 is one of our favorite games--it was picked for GameSpot's Best of 2023.

Hitman 3

Performance abaixo das expectativas

Diferente da versão cloud do Switch original, esta edição roda nativamente no Switch 2 - mas com limitações visíveis. Embora jogável, a experiência fica aquém das versões para outros consoles. Para fãs do assassino careca, talvez valha a pena considerar outras plataformas antes de comprar.

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Comparação com outras plataformas

Quando colocamos lado a lado com as versões para PlayStation 5 e Xbox Series X, as diferenças no Switch 2 ficam ainda mais evidentes. Enquanto nos consoles de nova geração o jogo roda a 60fps em 4K, a versão da Nintendo mal consegue manter 30fps estáveis em resolução dinâmica que muitas vezes cai abaixo de 1080p no modo portátil. Os tempos de carregamento também são significativamente maiores - algo que impacta diretamente na experiência, considerando a natureza de tentativa e erro das missões de Hitman.

E não são apenas questões técnicas. A ausência de cross-save e cross-play significa que jogadores que já têm progresso em outras plataformas precisariam começar do zero no Switch 2. Uma oportunidade perdida, já que a natureza "pegue e jogue" do console híbrido combinaria perfeitamente com o estilo de jogo de Hitman.

O dilema do preço

Com um preço de lançamento de US$ 60, a Signature Edition coloca os jogadores diante de um dilema. Por um lado, oferece três jogos completos e dezenas de horas de conteúdo. Por outro, versões físicas da trilogia podem ser encontradas por preços menores em outras plataformas, especialmente durante promoções. E enquanto o modo Freelancer adiciona replayability significativa, será que justifica o custo para quem já jogou os títulos originais?

Vale lembrar que a IO Interactive já havia disponibilizado o pacote inicial gratuito em outras plataformas, permitindo que jogadores experimentassem o jogo antes de comprar. No Switch 2, essa opção não existe - outro ponto negativo para quem está em dúvida sobre a compra.

Controles e jogabilidade

A adaptação dos controles para os Joy-Cons apresenta seus próprios desafios. A precisão necessária para alguns dos assassinatos mais elaborados fica comprometida pelos analógicos menores do controle do Switch. Enquanto isso, o uso do giroscópio para mira - um recurso que poderia compensar essa limitação - não está tão bem implementado quanto em outros títulos de tiro da plataforma.

Curiosamente, o jogo parece brilhar mais no modo portátil, onde as limitações técnicas são menos perceptíveis em uma tela menor. Mas mesmo assim, alguns elementos de interface foram simplesmente reduzidos em vez de redesenhados, tornando certas informações difíceis de ler durante o gameplay móvel.

Com informações do: Game Spot