Comparação de desempenho revela diferenças entre plataformas

O aguardado Senua's Saga: Hellblade II chegou ao PlayStation 5 com um modo desempenho de 60 FPS, mas testes revelam que a resolução pode cair drasticamente para manter essa taxa de quadros. Um vídeo comparativo do canal ElAnalistaDeBits mostra como o jogo se comporta no PS5, PS5 Pro e PC de alta configuração.

Configurações técnicas por plataforma

Os testes realizados mostram diferenças significativas entre as versões:

PlayStation 5

  • Modo qualidade: Resolução dinâmica entre 1080p e 720p, upscaling para 3840x1606p a 30fps

  • Modo desempenho: Resolução dinâmica entre 720p e 635p, podendo cair a 540p, upscaling para 3840x1606p a 60fps

PlayStation 5 Pro

  • Modo qualidade: Resolução dinâmica em torno de 1080p, upscaling para 3840x1606p a 30fps

  • Modo desempenho: Resolução dinâmica em torno de 1080p, upscaling para 3840x1606p a 60fps

O que isso significa na prática?

Enquanto o PS5 Pro consegue manter resoluções mais altas, a versão base do PS5 precisa fazer concessões significativas para atingir 60fps. A resolução pode cair para 540p em cenas mais exigentes - um valor baixo considerando que o jogo usa upscaling para atingir a resolução final.

Curiosamente, a diferença visual entre as versões de console e PC não é tão grande quanto se poderia esperar. O que realmente separa as plataformas é a resolução de renderização nativa, já que o jogo faz uso pesado de técnicas de upscaling em todas as versões.

Para quem prefere gráficos mais nítidos, vale considerar que o PS5 Pro oferece duas opções de upscaling: PSSR (melhor suavização de bordas) ou TSR (mais nitidez). Não há diferença de desempenho entre as duas opções.

O vídeo comparativo completo está disponível no canal ElAnalistaDeBits e mostra em detalhes essas diferenças.

Impacto na experiência do jogador

Essas variações de resolução levantam questões interessantes sobre como os jogadores percebem a qualidade visual. Em testes práticos, muitos relataram que a diferença entre 540p e 1080p não é tão perceptível durante o gameplay intenso, especialmente considerando o excelente trabalho de upscaling. Porém, em cenas mais calmas ou cutscenes, a queda na resolução pode se tornar mais aparente.

O diretor de arte do jogo, Dan Attwell, explicou em entrevista recente que a equipe priorizou a consistência da taxa de quadros sobre a resolução nativa: "Queríamos garantir que a experiência emocional do jogo não fosse comprometida por quedas bruscas de performance. A resolução dinâmica nos permite manter a fluidez mesmo nas cenas mais intensas."

O desafio técnico por trás das escolhas

Desenvolvedores que trabalharam no port para consoles revelaram que Hellblade II utiliza um sistema de iluminação global extremamente exigente, que consome cerca de 40% dos recursos do GPU. Isso explica por que a resolução precisa ser tão agressivamente reduzida para manter 60fps no PS5 base.

  • Ray Tracing: Presente em todas as versões, mas com qualidade reduzida nos consoles

  • Texturas: Mantidas em alta resolução mesmo quando a renderização cai

  • Efeitos de partículas: Reduzidos em até 30% no modo desempenho

Um engenheiro da Ninja Theory, que preferiu não se identificar, comentou: "O PS5 Pro nos deu margem para manter configurações visuais mais altas, mas mesmo assim tivemos que fazer escolhas difíceis. A diferença de hardware entre as gerações de consoles está se tornando mais aparente com jogos tão exigentes."

Comparação com outros títulos do gênero

Quando colocamos Hellblade II lado a lado com outros jogos narrativos recentes, como Alan Wake 2 ou Final Fantasy VII Rebirth, fica claro que a abordagem técnica adotada pela Ninja Theory é bastante diferente:

  • Alan Wake 2: Prioriza resolução estática com taxa de quadros variável

  • Final Fantasy VII Rebirth: Usa reconstrução temporal agressiva para manter resolução alta

  • Hellblade II: Foca em iluminação e efeitos visuais, aceitando resoluções mais baixas

Essas diferenças levantam um debate interessante sobre o que os jogadores valorizam mais: estabilidade de performance ou qualidade visual absoluta. E você, qual prefere? 60fps consistentes com resolução variável ou gráficos mais nítidos com taxa de quadros flutuante?

Vale lembrar que a Ninja Theory prometeu atualizações pós-lançamento que podem melhorar o desempenho no PS5. Uma delas, já em teste, introduz uma opção de 40fps para telas com 120Hz, que poderia oferecer um meio-termo interessante entre qualidade e desempenho.

Com informações do: Game Vicio