A polêmica mudança de direção da FromSoftware
A expansão Elden Ring Nightreign chega oficialmente em 30 de maio, mas já causa polêmica entre críticos especializados. As primeiras análises divulgadas pela imprensa indicam uma mudança radical na fórmula consagrada da FromSoftware - o foco agora está no modo multiplayer, o que tem provocado reações mistas.
A expectativa era grande, impulsionada pelo sucesso do primeiro título, que vendeu mais de 30 milhões de cópias até abril. No entanto, a aposta em mecânicas como roguelike e Battle Royale despertou desconfiança em parte do público e da crítica. As mudanças, segundo especialistas, comprometem a experiência solo e alteram profundamente o ritmo da aventura.
Críticas destacam pontos positivos e negativos
A nova expansão divide opiniões ao apostar em uma estrutura menos convencional e mais voltada à interação entre jogadores. Sites como WCCFTech e ScreenRant elogiaram a ousadia da desenvolvedora, atribuindo notas altas ao jogo. Para essas publicações, Nightreign representa uma das experiências mais únicas já criadas pelo estúdio japonês.
Por outro lado, veículos como IGN e PCGamesN apontaram problemas de balanceamento no modo solo, design repetitivo de chefes e falhas na progressão. Para muitos analistas, a tentativa de adaptar o universo de Elden Ring para um ambiente multiplayer não foi bem-sucedida. A ausência de clareza nas mecânicas e o ritmo fragmentado foram alvos constantes de críticas.
Além disso, a proposta mais acelerada da expansão desestimula a exploração minuciosa, característica marcante do jogo base. A sensação, segundo alguns críticos, é de que Nightreign abre mão da profundidade narrativa e da liberdade de movimento para priorizar partidas rápidas e combates em grupo.

Desenvolvedores prometem ajustes
A FromSoftware informou que está ciente das limitações apontadas nas análises iniciais. O diretor do jogo, Junya Ishizaki, afirmou que ajustes estão em andamento para melhorar a experiência dos jogadores. De acordo com ele, as críticas fazem parte do processo de refinamento que se estenderá até o último momento antes do lançamento.
A empresa planeja otimizar as sessões multiplayer e corrigir falhas de progressão identificadas nos testes antecipados. A promessa é oferecer partidas mais equilibradas, tanto para quem joga em grupo quanto para quem prefere atuar sozinho.
Notas da crítica
ScreenRant: 90
WCCFTech: 90
PC Gamer: 80
Gamekult: 70
IGN: 70
PCGamesN: 60
VGC: 60
O agregador Metacritic apresenta as seguintes médias:
PlayStation 5: 78 (66 análises)
PC: 79 (39 análises)
Xbox Series X/S: 86 (6 análises)
O impacto nas comunidades de jogadores
Nas redes sociais e fóruns especializados, a reação dos fãs à expansão Nightreign tem sido tão dividida quanto as críticas profissionais. Enquanto alguns jogadores celebram a inovação, outros expressam decepção com a mudança de direção. Um tópico no subreddit oficial de Elden Ring já acumula mais de 5.000 comentários, com discussões acaloradas sobre as novas mecânicas.
"Estou adorando a sensação fresca que o modo multiplayer traz", escreve um usuário entusiasmado. "Finalmente temos algo diferente depois de centenas de horas no jogo base." Por outro lado, outro jogador rebate: "A FromSoftware está abandonando o que fez dela especial - histórias profundas e mundos ricos para explorar sozinho."

Comparações com outros títulos do gênero
Analistas começam a traçar paralelos entre Nightreign e outros jogos que tentaram transicionar entre single-player e multiplayer. O caso mais citado é o de Fallout 76, que enfrentou rejeição inicial mas acabou encontrando seu público após anos de atualizações.
"Há um padrão histórico de resistência quando franquias estabelecidas tentam inovar", observa o crítico Marcus Oliveira, do site GameView. "O que diferencia Nightreign é que a FromSoftware manteve sua identidade visual e desafio característico, mesmo mudando o formato básico."
Curiosamente, alguns streamers populares estão relatando uma experiência diferente da crítica tradicional. "As partidas caóticas com dezenas de jogadores criam momentos hilários e imprevisíveis", comenta a influencer AnaCast, que já acumulou 12 horas de transmissão com a expansão.
O futuro da franquia
Fontes próximas à Bandai Namco sugerem que a decisão de focar em multiplayer não foi tomada de forma isolada. A empresa estaria testando diferentes abordagens para expandir o universo de Elden Ring além do formato tradicional. Um insider revelou que já estão em desenvolvimento dois projetos adicionais - um deles supostamente um MMORPG baseado no mesmo mundo.
"Esta expansão é apenas o primeiro passo em uma estratégia mais ampla", afirma o jornalista especializado Ricardo Mendes. "A FromSoftware quer transformar Elden Ring em uma plataforma de jogos, não apenas uma série de títulos isolados."
Enquanto isso, os dados preliminares de vendas mostram que, apesar das críticas mistas, Nightreign já superou as expectativas comerciais. A expansão liderou as pré-vendas na Steam por três semanas consecutivas, sugerindo que o apelo da marca Elden Ring permanece forte.
Modo solo: vale a pena?
Para os puristas que preferem a experiência single-player, Nightreign apresenta desafios específicos. O design dos níveis foi claramente otimizado para grupos, com áreas extensas que podem se tornar tediosas para quem joga sozinho. No entanto, alguns elementos positivos se destacam:
Novas armas e magias exclusivas da expansão
Cinco novos chefes opcionais com mecânicas únicas
Um sistema de aliados controlados por IA mais robusto
Atualizações na engine que melhoram o desempenho geral
"É possível aproveitar Nightreign sozinho, mas você sentirá que está jogando contra o design do jogo", avalia o youtuber especializado SoulsBorne. "A FromSoftware poderia ter feito mais para equilibrar as duas experiências."
Com informações do: AnimeNew