Uma noite para celebrar a animação japonesa
A edição de 2025 do Crunchyroll Anime Awards não decepcionou, reunindo os melhores títulos do ano em uma cerimônia que destacou a diversidade e qualidade da produção atual. Enquanto alguns animes consolidaram seu sucesso, outras surpresas agradáveis emergiram, mostrando que a indústria continua inovando.
Solo Leveling domina a premiação

Não foi surpresa para ninguém ver Solo Leveling levar para casa vários prêmios, incluindo o cobiçado título de Anime do Ano. A adaptação da webtoon sul-coreana pela A-1 Pictures impressionou tanto pelo desenvolvimento do protagonista Sung Jinwoo quanto pelas cenas de ação espetaculares que se tornaram marca registrada da produção.
Mas o que realmente fez diferença? A trilha sonora épica de Hiroyuki Sawano, que também foi premiada, elevou cada momento de tensão. E não podemos esquecer da performance de Charles Emmanuel na dublagem brasileira, que conquistou reconhecimento pelo trabalho como a voz de Jinwoo.
Outros destaques inesperados

Enquanto grandes nomes como Demon Slayer e Attack on Titan mantiveram seu prestígio, algumas produções menores roubaram a cena:
Look Back emocionou como Filme do Ano com sua narrativa sensível sobre amizade e arte
DanDaDan surpreendeu com design de personagens criativo e trilha sonora marcante
Frieren mostrou que histórias introspectivas também têm espaço, levando prêmios de direção e drama
O que esses resultados nos dizem sobre a indústria?

Analisando os vencedores, fica claro que o público continua valorizando tanto as grandes produções de ação quanto histórias mais intimistas. A diversidade de gêneros premiados - desde o humor absurdo de Mashle até o romance delicado de Blue Box - prova que há espaço para diferentes abordagens no mercado.
Vale destacar também o sucesso de adaptações de webtoons e mangás menos convencionais, sinalizando que os fãs estão abertos a experimentar narrativas fora do tradicional. Ninja Kamui, como melhor anime original, mostrou que há apetite por histórias autoconclusivas bem produzidas.
E você, concorda com as escolhas do júri? Quais animes você acha que foram esquecidos nesta edição dos prêmios?
O impacto das plataformas de streaming na premiação
Um aspecto interessante desta edição foi como as plataformas de streaming influenciaram os resultados. Com a Crunchyroll consolidando seu catálogo e a Netflix investindo pesado em produções originais, vimos uma divisão curiosa nos prêmios técnicos. Enquanto animes tradicionais de temporada dominaram categorias como animação e direção, produções exclusivas de streaming brilharam em roteiro adaptado e design de personagens.

Não podemos ignorar que Pluto, disponível exclusivamente na Netflix, quase levou o prêmio de melhor animação, perdendo por uma pequena margem para Demon Slayer. Isso mostra como a qualidade técnica já equipara produções de estúdios tradicionais e plataformas digitais. Será que nos próximos anos veremos uma mudança ainda maior neste equilíbrio?
Representatividade e diversidade em destaque
Pela primeira vez, tivemos um anime com protagonista abertamente LGBTQIA+ (My Love Mix-Up!) sendo indicado em múltiplas categorias. Embora não tenha vencido, sua presença entre os finalistas gerou discussões importantes sobre representação na indústria. Outro destaque foi Zom 100: Bucket List of the Dead, que conquistou o prêmio de melhor abertura não apenas pela animação, mas pela mensagem positiva sobre encontrar alegria mesmo em situações extremas.
Na categoria de dublagem, além do já mencionado Charles Emmanuel, tivemos a vitória de Fernanda Bullara como melhor voz feminina por seu trabalho em The Apothecary Diaries. Uma escolha que celebrou tanto a qualidade técnica quanto a crescente profissionalização do mercado brasileiro de dublagem.
Tendências técnicas que marcaram os vencedores
Analisando os trabalhos premiados, três aspectos técnicos se destacaram:
Uso inovador de CGI: Ao contrário de anos anteriores, onde CGI frequentemente recebia críticas, desta vez foi celebrado em produções como Kaiju No. 8, que integrou perfeitamente técnicas 2D e 3D
Trilhas sonoras personalizadas: Composições que abandonaram os temas épicos tradicionais em favor de identidades musicais únicas para cada obra
Experimentos com formatos: Desde episódios com durações não convencionais até narrativas não-lineares, como visto em Tatami Time Machine Blues
Particularmente impressionante foi como Oshi no Ko utilizou diferentes estilos de animação para representar mudanças de perspectiva narrativa, uma técnica que rendeu elogios unânimes da crítica especializada. Você já notou como essas escolhas técnicas influenciam sua experiência ao assistir?
O que esperar para 2026?

Com várias sequências de animes premiados já anunciadas para o próximo ano - incluindo a segunda temporada de Solo Leveling e a continuação de DanDaDan - a competição promete ser acirrada. Mas os olhos também estão voltados para novas apostas:
Adaptações de sucesso como Chainsaw Man mostraram que há espaço para narrativas ousadas, e muitos fãs especulam se Dorohedoro ou Goodbye, Eri poderão repetir esse feito. Além disso, os estúdios parecem estar investindo mais em obras originais, respondendo ao sucesso de Ninja Kamui neste ano.
No campo técnico, rumores sugerem que vários estúdios estão experimentando com inteligência artificial em processos auxiliares de animação, o que pode trazer mudanças significativas na produção. Embora ainda seja um tema polêmico, os resultados visíveis em pós-produção de Metallic Rouge já chamaram atenção durante a cerimônia.
Com informações do: AnimeNew