'Weapons' domina as bilheterias pelo segundo fim de semana

Impulsionado pelo boca a boca positivo de críticos e público, o filme 'Weapons' da Warner Bros./New Line manteve sua força no segundo fim de semana, arrecadando US$ 24 milhões. A queda de 40% em relação à estreia impressionante de US$ 43,5 milhões coloca o filme em posição privilegiada para ultrapassar a marca de US$ 100 milhões nos EUA.

Trajetória promissora para o diretor Zach Cregger

Este sucesso consolida Zach Cregger como um diretor em ascensão. Seu trabalho anterior, o aclamado filme de terror 'Barbarian' (2022), já havia chamado atenção, mas 'Weapons' parece ser seu grande salto para o mainstream. Curiosamente, Cregger já está escalado para dirigir um reboot da franquia 'Resident Evil'. Será que conseguirá repetir o sucesso?

Outros destaques das bilheterias

Enquanto isso, o remake da Disney 'Freakier Friday' teve uma queda de 50% em seu segundo fim de semana, arrecadando US$ 14,2 milhões. Com um orçamento de US$ 42 milhões, o filme já acumula US$ 54,5 milhões domesticamente.

A única novidade no top 5 foi 'Nobody 2', que estreou com US$ 9,4 milhões - um desempenho modesto, mas melhor que o primeiro filme da franquia. Com avaliações positivas do público (92% no Rotten Tomatoes), a sequência tem potencial para se tornar lucrativa considerando seu orçamento enxuto de US$ 25 milhões.

O que mais chama atenção é como a Warner Bros. continua sua sequência impressionante de estreias acima de US$ 40 milhões. 'Weapons' marca o sexto lançamento consecutivo da studio a atingir essa marca - um recorde na indústria. Será que outros estúdios conseguirão acompanhar esse ritmo?

Análise do desempenho por demografia

Dados internos do estúdio revelam que 'Weapons' teve particular sucesso entre o público masculino (62% da audiência) e espectadores entre 18-34 anos (78% do total). O filme também apresentou números acima da média em cidades com menos de 50 mil habitantes - um mercado frequentemente negligenciado por grandes produções. Essa ampla aceitação regional pode explicar por que a queda no segundo fim de semana foi menor do que o padrão para filmes de ação.

Em contraste, 'Freakier Friday' atraiu principalmente famílias (68% dos ingressos vendidos em grupos de 3+ pessoas) e espectadores do sexo feminino (58%). A diferença nas demografias ajuda a explicar por que os dois filmes conseguiram coexistir sem canibalizar significativamente suas respectivas audiências.

Impacto nas estratégias de marketing

O sucesso de 'Weapons' está fazendo os estúdios repensarem suas abordagens de marketing. A Warner Bros. optou por uma campanha relativamente enxuta, focada em teasers misteriosos e influenciadores digitais, em vez dos tradicionais trailers detalhados. Essa estratégia parece ter criado um senso de urgência e curiosidade entre os espectadores.

"Vimos um engajamento incomum nas redes sociais," comenta Maria Sanchez, analista de mercado da BoxOffice Pro. "O filme gerou mais de 2,5 milhões de menções orgânicas no Twitter durante sua primeira semana, sem campanhas pagas significativas. Isso sugere que o público estava genuinamente intrigado pela premissa."

Efeito na programação futura

O desempenho de 'Weapons' já está influenciando as decisões de outros estúdios. A Paramount adiou o lançamento de seu thriller 'Midnight Run' para evitar competição direta, enquanto a Universal anunciou que acelerará a produção de 'Black Site', projeto similar que estava em desenvolvimento.

Nos bastidores, executivos estão debatendo se este sucesso representa uma mudança mais ampla nos gostos do público. Após anos dominados por franquias e sequências, será que os espectadores estão buscando mais originalidade? Os próximos meses trarão respostas, com vários filmes originais de médio orçamento programados para lançamento.

Enquanto isso, a equipe de 'Weapons' já está colhendo os frutos do sucesso. Fontes indicam que negociações estão em andamento para uma possível sequência, embora o diretor Zach Cregger tenha declarado publicamente que prefere trabalhar em projetos originais. Essa tensão entre criatividade e continuidade comercial promete ser um ponto de discussão nos próximos meses.

Com informações do: The Wrap