Comparação técnica revela desempenho do Switch 2 em Split Fiction

Uma análise detalhada do canal ElAnalistaDeBits coloca lado a lado as versões de Split Fiction para quatro plataformas diferentes: Nintendo Switch 2, Steam Deck, Xbox Series S e PlayStation 5. Os resultados mostram que o Switch 2, apesar de ficar atrás do Series S em desempenho bruto, oferece uma experiência mais próxima do Steam Deck com a vantagem exclusiva do DLSS.

O que isso significa na prática? Enquanto o Switch 2 opera com resolução dinâmica entre 914p e 635p (upscaled para 1080p via DLSS) a 30fps travados, o Steam Deck oferece ~40fps desbloqueados na mesma resolução final usando FSR. A diferença na fluidez é perceptível, mas o DLSS do Switch 2 garante uma imagem mais limpa em telas maiores.

Onde cada plataforma se destaca

Analisando os resultados:

  • Switch 2: DLSS como trunfo para qualidade visual, mas com limitação de framerate

  • Steam Deck: Mais flexibilidade e fluidez, porém com configurações visuais inferiores

  • Series S: 1080p nativo a 60fps estáveis - o melhor custo-benefício

  • PS5: 1800p nativo a 60fps - a experiência premium

Diferenças visuais entre as plataformas

Imagem: ElAnalistaDeBits/Reprodução

O que mais chama atenção é como o Switch 2, apesar de ser um console híbrido, consegue entregar uma experiência visualmente competente graças ao DLSS. A tecnologia da Nvidia compensa a resolução interna mais baixa, especialmente quando jogado na TV. Mas será que 30fps ainda é aceitável em 2025?

Steam Deck vs Switch 2: filosofias diferentes

Enquanto o Switch 2 prioriza consistência (30fps travados), o Steam Deck oferece mais liberdade com framerate desbloqueado. Para quem valoriza fluidez acima de tudo, o portátil da Valve pode ser mais atraente, mesmo com algumas concessões visuais.

Comparação gráfica entre Switch 2, Steam Deck e Series S

Imagem: ElAnalistaDeBits/Reprodução

Já o Series S mostra que, mesmo sendo o console mais acessível da nova geração, ainda supera os portáteis em desempenho bruto. E o PS5? Bem, ele simplesmente não tem concorrentes quando o assunto é fidelidade visual.

Para quem está em dúvida entre essas plataformas, vale considerar: você prioriza portabilidade ou desempenho? Prefere consistência ou fluidez? A análise completa está disponível no canal do ElAnalistaDeBits.

O impacto do DLSS na experiência portátil

O uso do DLSS no Switch 2 pode ser um divisor de águas para jogos portáteis. Enquanto o Steam Deck depende do FSR (uma solução de upscaling de código aberto), a tecnologia proprietária da Nvidia oferece reconstrução temporal mais avançada. Na prática, isso significa menos artefatos visuais em movimento e bordas mais definidas - algo crucial em telas pequenas onde cada pixel conta.

Mas há um trade-off: o DLSS consome parte da já limitada potência do APU do Switch 2. Alguns desenvolvedores podem optar por desativá-lo em modo portátil para priorizar framerate ou efeitos visuais. Será interessante ver como os estúdios equilibrarão esses fatores nos próximos lançamentos.

O dilema dos 30fps na era moderna

A decisão da Nintendo em travar o framerate em 30fps gera debates acalorados. Por um lado, garante consistência - algo essencial para jogos competitivos ou de ação rápida. Por outro, muitos jogadores já se acostumaram com 60fps como padrão mínimo em consoles como Series S e PS5.

Curiosamente, o Steam Deck mostra que framerates desbloqueados (entre 40-50fps) podem oferecer um meio-termo satisfatório. A Valve implementou recentemente o framerate smoothing, que reduz a percepção de stuttering quando a taxa de quadros flutua. Será que a Nintendo poderia adotar solução similar?

O fator preço na equação

Quando colocamos na balança:

  • Steam Deck LCD: Frequentemente encontrado por ~R$2.500 em promoções

  • Series S: Preço médio de R$2.200, mas requer TV/monitor

  • Switch 2: Estimativa de lançamento entre R$3.000-R$3.500

O valor do Switch 2 parece elevado, mas precisa ser contextualizado. Seu ecossistema exclusivo (Zelda, Mario, etc.) e a dupla natureza portátil/console justificam o premium? Para famílias ou quem já tem biblioteca na Nintendo eShop, provavelmente sim. Mas e para o jogador médio que prioriza multiplataformas?

Vale lembrar que o Steam Deck tem a vantagem da Steam Library - muitos jogadores já possuem centenas de títulos compatíveis. Enquanto isso, o Series S oferece o Game Pass com seu catálogo rotativo. A Nintendo precisará de um argumento convincente além do hardware.

O futuro dos jogos multiplataforma em dispositivos móveis

Esta análise de Split Fiction revela uma tendência importante: a convergência entre experiências console e portátil. Cinco anos atrás, seria impensável um jogo desse calibre rodar em dispositivos móveis sem grandes compromissos. Hoje, vemos versões surpreendentemente competentes.

O avanço das tecnologias de upscaling (DLSS, FSR, XeSS) está permitindo que desenvolvedores otimizem seus jogos para uma gama mais ampla de dispositivos. Isso pode significar:

  • Maior acesso a jogos AAA para quem prioriza portabilidade

  • Menos necessidade de versões específicas para cada plataforma

  • Pressão sobre desenvolvedores para incluir modos portáteis em todos os lançamentos

Por outro lado, há riscos. Será que essa abordagem "one-size-fits-all" pode levar a experiências mediocrizadas? Ou os motores modernos (Unreal Engine 5, Unity) estão se tornando bons o suficiente para escalar organicamente?

Com informações do: Adrenaline