Ubisoft detalha mudanças radicais no competitivo de Rainbow Six

O diretor de esports da Ubisoft, Fabian "Fab" Durocher, revelou detalhes sobre as profundas transformações que o Siege X trará para o cenário competitivo de Rainbow Six. Em entrevista exclusiva, ele admitiu que "sabíamos que todos teriam que reaprender" diante das mudanças estruturais que estão por vir.
O Siege X representa não apenas uma atualização, mas uma reinvenção do jogo competitivo. Durocher explicou que a Ubisoft está trabalhando em alterações que vão desde mecânicas de jogo até a própria estrutura de torneios. "Não se trata apenas de balanceamento - estamos repensando como o Rainbow Six é jogado no mais alto nível", afirmou.
Impacto no cenário competitivo brasileiro
O executivo também comentou sobre o crescente papel do Brasil no ecossistema de Rainbow Six, destacando os eventos sediados no país como fundamentais para o desenvolvimento da cena global. "O Brasil tem mostrado uma paixão única pelo jogo e pelo competitivo", observou Durocher.
Entre as mudanças esperadas para o Siege X estão:
Novas regras de draft e banimento de operadores
Sistema de pontos revisado para torneios
Integração de ferramentas analíticas em tempo real
Mudanças na estrutura de mapas competitivos
Como essas alterações afetarão as estratégias das equipes profissionais? Segundo Durocher, os times que se adaptarem mais rapidamente terão vantagem inicial, mas o objetivo é criar um ecossistema mais dinâmico e equilibrado a longo prazo.
Adaptação dos times profissionais será crucial
Durocher enfatizou que a transição para o Siege X não será simples para as equipes consolidadas. "Vimos durante nossos testes internos que até os jogadores mais experientes levaram semanas para se acostumar com as novas mecânicas", revelou. Ele citou como exemplo o novo sistema de destruição ambiental, que agora permite estratégias de rotação completamente diferentes em mapas clássicos como Bank e Consulate.
Alguns times brasileiros já tiveram acesso antecipado às mudanças. Thiago "xS3xyCake" Reis, capitão da Team oNe, compartilhou suas primeiras impressões: "É como jogar um novo game, mas com a essência do Siege que amamos. As possibilidades táticas são absurdas agora".
Novas oportunidades para organizações menores
Com o ecossistema sendo "resetado" em certa medida, a Ubisoft espera que o Siege X abra espaço para novas organizações competirem em pé de igualdade. "O conhecimento acumulado terá menos peso inicialmente", explicou Durocher. "Isso democratiza o acesso ao cenário de alto nível."
Especialistas apontam que isso pode beneficiar especialmente regiões em desenvolvimento, como:
Equipes da América Latina fora do eixo Brasil-México
Organizações emergentes da Ásia-Pacífico
Times europeus sem histórico no circuito principal
Renato "nak" Nakano, analista de esports, observa: "O Siege X pode ser a chance para aquela equipe que sempre teve boas ideias, mas não conseguia competir contra anos de meta estabelecida".
Mudanças na transmissão e experiência do espectador
A Ubisoft também está repensando como os fãs consomem o competitivo. "Queremos que até quem nunca jogou Rainbow Six possa entender e se emocionar com as partidas", disse Durocher. Entre as novidades estão:
Visuais simplificados para indicar habilidades especiais em uso
Replays táticos em câmera lenta para jogadas complexas
Integração de estatísticas preditivas durante as transmissões
"Quando testamos esses recursos com grupos focais, a retenção de novos espectadores aumentou em 40%", revelou o diretor. Essa abordagem lembra iniciativas bem-sucedidas em outros esports, como o sistema de visão do jogador em VALORANT.
Com informações do: IGN Brasil