Em uma reviravolta que surpreendeu fãs e críticos, a Atari e a desenvolvedora Fabraz anunciaram durante o Gamescom Opening Night Live 2025 o retorno de uma das figuras mais polarizantes dos jogos dos anos 90: Bubsy, o lince antropomórfico, está de volta em "Bubsy 4D", um novo jogo de plataforma 3D. O anúncio, que muitos inicialmente consideraram uma piada, confirma que a franquia ainda tem vida – mas será que os jogadores estão prontos para recebê-la?

O anúncio surpreendente na Gamescom

O reveal aconteceu durante o pré-show do Gamescom Opening Night Live 2025, um dos maiores eventos do calendário de games. A aparição de Bubsy – personagem conhecido por seus jogos controversos e falhas de design nos anos 90 – gerou reações mistas nas redes sociais. Alguns celebraram a nostalgia, enquanto outros questionaram a sabedoria de reviver uma franquia com histórico tão problemático.

E cá entre nós, quem poderia imaginar que em 2025 ainda estaríamos falando desse personagem? A indústria dos games realmente nunca esquece ninguém.

Plataformas e expectativas

O jogo chegará praticamente em todas as plataformas modernas: Xbox Series X|S, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, PC e, significativamente, também na Nintendo Switch 2 – o que sugere que o lançamento pode coincidir com ou seguir o debut do novo hardware da Big N.

Fabraz, estúdio por trás do projeto, é conhecido por títulos indie como "Slime-san" e "Pizza Possum", jogos que demonstram compreensão sólida de mecânicas de plataforma. Será que essa experiência pode ser a chave para finalmente entregar uma experiência Bubsy que funcione? A desenvolvedora certamente tem mais credibilidade nesse gênero do que muitos dos estúdios que previously handling the character.

O legado complicado de Bubsy

Para quem não viveu os anos 90, pode ser difícil entender por que esse anúncio é tão… peculiar. Bubsy foi uma das muitas tentativas da indústria de criar um mascote rival da Sonic e Mario durante a era dos 16-bits. O problema? Os jogos eram notórios por controles imprecisos, level design questionável e uma dificuldade brutalmente desbalanceada.

O personagem em si – com seu humor cheio de trocadilhos ruins e personalidade irritante para muitos – se tornou mais um meme do que um ícone amado. E ainda assim, há algo fascinante nessa persistência. Afinal, quantas franquias realmente morrem na indústria dos games?

Talvez a pergunta mais interessante não seja "por que trazer Bubsy de volta?", mas "quem exatamente está pedindo por isso?" – e será que essa audiência existe em número suficiente para justificar o investimento?

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O que esperar de Bubsy 4D em termos de jogabilidade?

Os detalhes sobre a jogabilidade ainda são escassos, mas o trailer revelado sugere uma abordagem que mistura elementos clássicos de plataforma 3D com algumas mecânicas modernas. Dá para notar movimentos como pulo duplo, planagem – aquela habilidade icônica onde Bubsy estica sua camiseta para deslizar pelo ar – e coletáveis espalhados pelos cenários.

O que me intriga particularmente é como a Fabraz vai equilibrar a nostalgia com as expectativas contemporâneas. Plataformers 3D evoluíram dramaticamente desde os tempos de Bubsy 3D, e jogadores hoje esperam câmeras fluidas, controles responsivos e level design inteligente. Será que a equipe vai tentar modernizar completamente a fórmula ou abraçar deliberadamente algum 'jank' retro como parte do charme?

O desafio de resgatar um personagem problemático

Reviver uma franquia como Bubsy não é simplesmente uma questão de fazer um jogo tecnicamente competente. Existe todo um baggage cultural que precisa ser endereçado. O personagem sempre foi criticado por tentar desesperadamente ser 'descolado' e acabar soando forçado – algo que envelhou particularmente mal.

Como você atualiza um personagem cuja principal característica era ser irritante sem perder completamente a essência que, bem, o define? A Fabraz terá que caminhar sobre uma corda bamba criativa: agradar os poucos fãs hardcore que ainda existem, enquanto tenta conquistar um novo público que provavelmente só conhece Bubsy através de vídeos sobre 'piores jogos da história'.

E não podemos ignorar o contexto atual da indústria. Vivemos uma era de revivals cuidadosamente curados – Crash Bandicoot, Spyro, até mesmo Battle for Bikini Bottom receberam remakes competentes que respeitavam o material original enquanto corrigiam suas deficiências. Bubsy, no entanto, parte de um ponto muito mais frágil. Seu material original era problemático não apenas tecnicamente, mas conceitualmente.

O fenômeno dos 'so bad it's good' na cultura gamer

Parte do fascínio contínuo por Bubsy pode estar enraizado em um fenômeno cultural maior: a apreciação por entretenimento 'tão ruim que chega a ser bom'. Assim como filmes cult como The Room ou jogos como Ride to Hell: Retribution, Bubsy alcançou um status icônico precisely por suas falhas monumentais.

Mas existe uma linha tênue entre celebrar algo irônica e afetuosamente versus simplesmente reviver algo que era genuinamente ruim. A pergunta que fica é: a Fabraz está fazendo um jogo que zomba do legado de Bubsy, ou está tentando genuinamente redimi-lo? O tom do trailer – que não chega a ser claramente paródico – sugere a segunda opção, o que é… corajoso, para dizer o mínimo.

Honestamente, parte de mim admira a audácia. Em uma indústria onde franquias seguras são constantemente recicladas, há algo quase punk em trazer de volta um personagem que praticamente simboliza o fracasso comercial e crítico.

O contexto do desenvolvimento: por que a Fabraz?

A escolha da Fabraz como desenvolvedora é talvez o aspecto mais interessante desse anúncio. Este não é um estúdio grande com recursos para queimar em projetos de nostalgia arriscada – é uma desenvolvedora indie com um catálogo respeitável, mas modesto.

Slime-san, seu título mais conhecido, era um plataforma 2D challenging com elementos de speedrunning que demonstrava um entendimento sólido de design de fases. Pizza Possum, por outro lado, era um jogo fofo e caótico sobre um gambá roubando comida. Dois jogos competentemente feitos, mas que não sugeriam necessariamente que a equipe estava se preparando para herdar uma das IPs mais notórias dos anos 90.

Será que a Fabraz vê em Bubsy uma oportunidade genuína de creative rehabilitation? Ou será que a Atari simplesmente ofereceu os direitos por um preço que o estúdio não podia recusar? A dinâmica por trás desses acordos de licenciamento raramente é transparente, mas é fascinante especular.

O que você acha? Existe espaço no mercado atual para um retorno de Bubsy feito com seriedade, ou isso está fadado a se tornar outra curiosidade passageira? A resposta pode dizer muito sobre até que ponto a nostalgia pode nos levar – e quais limites ainda restam para o que as audiências modernas estão dispostas a aceitar.

Esta história está em desenvolvimento... Mais detalhes devem emergir conforme nos aproximamos do lançamento.

Com informações do: Game Spot