Mudança de tom em Borderlands 4

Taylor Clark, roteirista principal de Borderlands 4, comentou sobre o humor e o tom do novo jogo, afirmando que os jogadores não devem esperar tantas piadas quanto em Borderlands 3. Em entrevista, o escritor comparou a fase atual da franquia com a "era Os Simpsons" para a equipe de desenvolvimento.

Críticas ao humor de Borderlands 3

Em conversa com a VGC, Clark revelou que a Gearbox estava "claro" ciente do feedback negativo sobre as piadas e o tom geral de Borderlands 3. "Levamos todas as críticas válidas em consideração. Estamos criando um mundo totalmente novo e queremos ter um tom que combine com o novo planeta em que estamos."

Enquanto o mundo de Pandora em Borderlands 3 era comparado ao "Velho Oeste", o planeta Kairos de Borderlands 4 será um "mundo totalitário". Clark explicou: "Ter todo mundo fazendo piadas a cada minuto não pareceria totalmente adequado". Essa abordagem segue a declaração anterior do diretor narrativo do jogo, que afirmou que os fãs não devem esperar piadas de Skibidi toilet ou Hawk Tuah em Borderlands 4.

Essa mudança de direção levanta questões interessantes: será que os fãs vão sentir falta do humor característico da série? Ou essa abordagem mais contida pode trazer um novo público para a franquia?

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O equilíbrio entre humor e narrativa

Clark detalhou que a equipe está buscando um equilíbrio mais cuidadoso entre momentos cômicos e narrativa séria. "Não estamos abandonando completamente o humor que define Borderlands", explicou. "Mas queremos que as piadas surjam organicamente dos personagens e situações, em vez de forçar referências à cultura pop a cada diálogo."

O roteirista citou como exemplo um personagem secundário em Borderlands 4 que mantém traços cômicos, mas cujas piadas estão diretamente ligadas à sua personalidade e ao contexto do mundo totalitário. "Quando um personagem faz uma piada sobre as absurdas leis de Kairos, isso reforça o tom do jogo em vez de quebrá-lo", observou Clark.

Lições aprendidas com Borderlands 3

Fontes próximas ao desenvolvimento revelaram que a Gearbox realizou extensas pesquisas com jogadores após o lançamento de Borderlands 3. Os dados mostraram que enquanto muitos apreciavam o humor irreverente, uma parcela significativa dos fãs sentia que as piadas constantes prejudicavam momentos emocionais importantes da história.

Um exemplo frequentemente citado foi a cena da morte de Maya, onde o impacto dramático era atenuado por diálogos cômicos que ocorriam logo em seguida. "Percebemos que precisávamos dar espaço para que os momentos sérios respirassem", admitiu Clark.

Curiosamente, essa não é a primeira vez que a franquia ajusta seu tom. Os fãs mais antigos podem lembrar que o primeiro Borderlands tinha um humor mais seco e soturno, enquanto Borderlands 2 encontrou um equilíbrio que muitos consideram ideal. Será que Borderlands 4 conseguirá acertar nessa balança novamente?

Novas possibilidades narrativas

A mudança para o planeta Kairos não significa apenas um ajuste no humor, mas abre portas para explorar temas mais maduros. "Um regime totalitário nos permite discutir controle, resistência e os custos da liberdade", compartilhou Clark. "São temas que ressoam com o público atual, mas que ainda podemos abordar com a assinatura Borderlands."

Relatos de testers indicam que a narrativa principal de Borderlands 4 incluirá elementos de conspiração política e dilemas morais, algo que seria difícil de conciliar com o tom excessivamente descontraído do jogo anterior. No entanto, a equipe insiste que os jogadores ainda encontrarão a loucura característica da série nos side quests e nas interações com NPCs excêntricos.

Essa abordagem diferenciada levanta questões sobre como os vilões serão retratados. Enquanto Handsome Jack de Borderlands 2 equilibrava crueldade com charme cômico, os antagonistas de Kairos prometem ser mais intimidadores. "Eles ainda terão personalidades marcantes", garantiu Clark, "mas o humor virá da ironia de suas ações, não de piadas prontas."

Com informações do: Game Spot