Introdução
Os fãs de jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) têm muito o que comemorar com os lançamentos recentes. Battlefield 6 e The Finals trouxeram de volta a destruição épica de cenários, uma característica marcante que define a experiência em ambos os jogos. Mas como eles se comparam quando o assunto é reduzir edifícios a escombros?
Battlefield 6: Destruição em Grande Escala
O mais recente título da franquia Battlefield retorna às suas raízes, oferecendo uma destruição de cenários que transforma completamente o mapa ao longo das partidas. Com batalhas que envolvem até 64 jogadores, a EA priorizou um sistema de destruição que, embora impressionante, é mais controlado e predeterminado.
Edifícios não podem ser completamente demolidos, mas explosões estratégicas podem criar aberturas, derrubar paredes e até mesmo danificar veículos próximos. A sensação de caos é palpável, mas com limites claros para manter a performance estável em partidas tão grandes.
The Finals: Física Brutal em Tempo Real
Desenvolvido por ex-criadores da DICE, The Finals é um FPS gratuito que se destaca pela física detalhada e destruição quase sem limites. Com partidas menores (apenas 12 jogadores), o jogo permite que estruturas inteiras sejam derrubadas pedaço por pedaço, usando desde explosivos até tiros persistentes.
Aqui, a destruição é mais orgânica - paredes podem ser perfuradas, pisos desmoronam sob peso excessivo, e até mesmo armas de fogo comuns podem, com tempo suficiente, abrir caminho através de obstáculos. É um sistema que recompensa a criatividade, mas exige mais paciência do que em Battlefield.
Escala vs. Liberdade: Qual Abordagem Funciona Melhor?
Os dois jogos compartilham a mesma filosofia de destruição como elemento central da jogabilidade, mas com implementações radicalmente diferentes:
Battlefield 6 prioriza escala e impacto visual, com destruição espetacular mas mais controlada
The Finals oferece mais liberdade tática, permitindo que jogadores moldem o cenário conforme a estratégia
O título da EA permite destruição imediata com armas pesadas, enquanto The Finals exige mais esforço para resultados similares
Ambientes em Battlefield mudam de forma previsível; em The Finals, cada partida pode transformar o mapa de maneiras únicas
Curiosamente, essa diferença reflete os públicos-alvo de cada jogo. Enquanto Battlefield cativa fãs de guerras em grande escala, The Finals atrai jogadores que valorizam táticas improvisadas e física realista acima de tudo.
Impacto na Jogabilidade e Estratégia
A diferença na abordagem da destruição entre os dois jogos tem consequências diretas na forma como as partidas se desenvolvem. Em Battlefield 6, a destruição serve principalmente como ferramenta tática momentânea - criar uma nova rota de ataque ou eliminar cobertura inimiga. Já em The Finals, a destruição gradual pode literalmente redefinir o mapa, exigindo que equipes se adaptem constantemente ao terreno mutável.
Imagine uma situação onde sua equipe está defendendo um objetivo no último andar de um prédio. Em Battlefield, um míssil bem colocado pode abrir uma brecha na parede, mas a estrutura principal permanece de pé. No mesmo cenário em The Finals, jogadores determinados poderiam demolir sistematicamente os pilares de sustentação, fazendo o prédio inteiro desabar com todos dentro - uma estratégia radical que muda completamente o fluxo do jogo.
Tecnologia por Trás da Destruição
Os motores gráficos por trás dessas experiências também merecem atenção. Battlefield 6 utiliza o Frostbite Engine, conhecido por sua capacidade de renderizar grandes cenários com efeitos visuais impressionantes. A destruição aqui é mais sobre impacto visual do que simulação física precisa - quando uma explosão ocorre, o jogo sabe exatamente quais partes do edifício devem desmoronar para criar o efeito dramático desejado.
Já The Finals roda no Unreal Engine com um sistema de física especialmente modificado. Cada objeto no cenário tem propriedades estruturais simuladas - peso, densidade, pontos de conexão. Isso permite que a destruição ocorra de maneira mais orgânica, mas também exige mais do hardware dos jogadores. Você já parou para pensar por que The Finals tem partidas menores? Essa escolha permite que o jogo processe interações físicas complexas sem comprometer a performance.
O Futuro da Destruição em Jogos
Essas duas abordagens representam filosofias distintas que provavelmente influenciarão futuros FPS. De um lado, a visão cinematográfica de Battlefield, onde a destruição serve principalmente para criar momentos épicos memoráveis. Do outro, a simulação quase sandbox de The Finals, que entrega ferramentas para os jogadores criarem suas próprias histórias emergentes.
Alguns desenvolvedores já estão experimentando com sistemas híbridos. Há rumores de que o próximo Call of Duty pode incorporar elementos de destruição mais avançados, enquanto franquias como Rainbow Six Siege continuam refinando sua abordagem tática e controlada. Será que veremos um dia um FPS em grande escala com física de destruição totalmente simulada? As limitações técnicas atuais sugerem que ainda há um longo caminho pela frente.
Enquanto isso, jogadores podem escolher entre essas experiências complementares. Prefere o caos controlado de grandes batalhas ou a liberdade criativa de moldar o campo de batalha tijolo por tijolo? A resposta pode dizer muito sobre que tipo de jogador você é.
Com informações do: VidaExtra